Rio Grande do Sul

Ciclone passa pelo RS e provoca grandes volumes de chuva

Volumes ficaram perto ou passaram de 100 mm em poucas horas em dezenas de municípios.

Por MetSul Meteorologia Publicado em 08/07/2023 18:04 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A chuva muito volumosa foi consequência de um centro de baixa pressão associada a uma frente fria. A área de baixa pressão cruzou o estado de Oeste para Leste pela Metade Norte e agora está sobre o oceano, onde vai dar origem a um ciclone mais distante da costa.

Isso explica, como a MetSul Meteorologia havia reiterado várias vezes durante a semana, que o sistema não traria vento intenso e seria um episódio de instabilidade mais de chuva e com altos volumes em diversas localidades. As áreas em que mais choveu no Rio Grande do Sul se concentraram no Vale do Taquari, em torno de Lajeado e Teutônia, e no Litoral Norte, especialmente perto de Torres. Volumes elevados se deram ainda em pontos do Vale do Caí, no Sul da Serra, no Norte da região metropolitana de Porto Alegre, no Alto Jacuí e parte do Planalto Médio.

"A chuva intensa causada por uma área de baixa pressão traz transtornos neste sábado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul com bloqueio de rodovias e inundações em trechos da região mais próximos da Serra do Mar e que foram duramente castigados pelo intenso ciclone de 15 e 16 de junho."

Um levantamento exclusivo da MetSul Meteorologia mostra que a chuva em apenas 24 horas passou ou ficou perto de 100 mm em dezenas de municípios numa faixa entre o Noroeste, o Centro do estado e o Litoral Norte. Na Metade Sul gaúcha, como era antecipado, não houve chuva com volumes altos na grande maioria das cidades pela trajetória da baixa pressão pelo Norte gaúcho.

Veja os volumes de chuva apurados pela MetSul Meteorologia em 24 horas entre 9h de sexta e 9h de sábado no Rio Grande do Sul com base em dados de estações meteorológicas de órgão oficiais e particulares:

  • Imigrante: 126 mm
  • Torres: 119 mm
  • Lajeado: 119 mm
  • Venâncio Aires: 117 mm
  • Teutônia: 115 mm
  • Feliz: 114 mm
  • Pinhal Grande: 113 mm
  • Cruz Alta: 113 mm
  • Tio Hugo: 110 mm
  • Bom Princípio: 108 mm
  • Chapada: 108 mm
  • Candelária: 106 mm
  • Ernestina: 104 mm
  • Soledade: 103 mm
  • Westfália: 103 mm
  • Alto Feliz: 102 mm
  • Estrela: 102 mm
  • Poço das Antas: 102 mm
  • Xangri-lá: 102 mm
  • Nova Petrópolis: 101 mm
  • Canela: 100 mm
  • Cruzeiro do Sul: 99 mm
  • Lagoa Bonita do Sul: 98 mm
  • Serafina Corrêa: 98 mm
  • Pejuçara: 98 mm
  • São Francisco de Paula: 97 mm
  • Caxias do Sul: 96 mm
  • Arroio do Tigre: 94 mm
  • São Vendelino: 94 mm
  • Segredo: 94 mm
  • Não-Me-Toque: 93 mm
  • Três Forquilhas: 93 mm
  • Antônio Prado: 92 mm
  • Cotiporã: 90 mm
  • Passo do Sobrado: 90 mm
  • Itati: 88 mm
  • Arvorezinha: 88 mm
  • São José dos Ausentes: 86 mm
  • Cambará do Sul: 86 mm
  • Igrejinha: 83 mm
  • Santa Maria do Herval: 82 mm
  • Farroupilha: 82 mm
  • Fontoura Xavier: 79 mm
  • Capela de Santana: 79 mm
  • Bom Jesus: 75 mm

Na Grande Porto Alegre, mais ao Sul da região, entre Porto Alegre e Canoas, a chuva média ficou entre 40 mm e 50 mm. No Norte da área metropolitana, os volumes foram mais altos com marcas de até 68 mm em Campo Bom e 62 mm em São Leopoldo. Em Novo Hamburgo, na Lomba Grande, entre 21h de quinta e 9h deste sábado choveu 69 mm.

Os altos volumes de chuva nos vales elevaram os níveis de arroios e córregos em alguns locais com transbordamentos na manhã deste sábado. Os alagamentos ocorrem em municípios que tiveram muita chuva, como no Vale do Taquari. Em Lajeado, a chuva intensa voltou a causar alagamento da pista na BR-386, nas imediações do acesso ao Bairro Montanha. Além de prejudicar o fluxo de veículos no trecho, água, lama e lixo invadiram estabelecimentos situados as margens da rodovia, informou a Rádio Independente.

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