Saúde
Com mais dois óbitos, chega a 59 o número de mortes por dengue no RS em 2022
Entre as faixas etárias mais suscetíveis para óbito neste ano estão os idosos, que representam 75% do total das ocorrências
Com mais dois óbitos confirmados, em residentes de Rondinha e Uruguaiana, a Secretaria da Saúde (SES) atualizou nesta quinta-feira (23) para 59 o número de mortes pela doença este ano no Estado. Os casos confirmados (entre autóctones, ocorridos dentro do RS, e importados) já são quase 46 mil. A secretaria alerta que a prevenção deve ser feita eliminando locais com água parada, onde o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, se reproduz.
Tanto em relação aos óbitos quanto aos casos, os registros de 2022 são os maiores já registrados na série histórica da dengue no RS. Ano passado, encerrou com 10 mil casos e 11 óbitos, enquanto em 2020 foram três mil casos e três óbitos. Antes desses, os únicos anos com óbitos por dengue no Estado foram em 2015 e 2016, com duas e uma morte respectivamente.
Entre as faixas etárias mais suscetíveis para óbito neste ano estão os idosos, que representam 75% do total das ocorrências. Entre os 59 óbitos já confirmados, seis foram em pessoas dos 60 aos 69 anos, 18 na faixa de 70 a 79 anos e 20 mortes em pessoas com 80 anos ou mais.
Cidades com óbitos por dengue confirmados em 2022
Ametista do Sul: 1
Boa Vista do Buricá: 2
Cachoeira do Sul: 2
Chapada: 1
Condor: 1
Cristal do Sul: 1
Dois Irmãos: 1
Erechim: 1
Estância Velha: 1
Horizontina: 5
Igrejinha: 6
Jaboticaba: 3
Lajeado: 4
Nova Candelária: 1
Nova Hartz: 1
Novo Hamburgo: 8
Novo Machado: 1
Parobé: 2
Porto Alegre: 4
Putinga: 1
Rondinha: 4
Santa Rosa: 1
São Leopoldo: 3
Sapucaia do Sul: 1
Seberi: 1
Uruguaiana: 1
Viamão:1
Hospitalizações
Em dengue.saude.rs.gov.br, o painel da SES traz, além dos casos e óbitos essas, o monitoramento do número de pessoas hospitalizadas no momento em virtude da doença. Pelo acompanhamento, 22 pessoas estão neste momento internadas, sendo três delas em leitos de UTI (todos adultos).
Sobre a dengue
Doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.