Santa Catarina
Com surto de dengue e alta de casos de doenças respiratórias, SC decreta situação de emergência em saúde pública
Medida valerá por 90 dias e poderá ser prorrogada por mais 3 meses; governo cita alta dos casos de dengue e síndromes respiratórias.
O governo de Santa Catarina decretou nesta sexta-feira (3) situação de emergência de saúde pelo prazo de 90 dias em razão da sobrecarga de atendimentos nos hospitais do Estado. A pressão sobre o sistema de saúde catarinense estaria ligada, principalmente, a um surto generalizado de dengue e aos casos de doenças respiratórias, como a Influenza A (H3N2), e a Covid-19.
O texto, publicado pelo governador Carlos Moisés (Republicanos), estabelece que o decreto poderá ser prorrogado por mais 90 dias ao término dos três meses iniciais. Após a publicação do decreto, a Secretaria estadual de saúde publicou uma portaria autorizando a ampliação de leitos de terapia intensiva pediatra e neonatal e a contratação, mediante convênio, de vagas na rede privada.
O decreto também autoriza o repasse de recursos para cofinanciar emergencialmente a ampliação de atendimento por médico pediatra nas Unidades de Pronto Atendimento sob gestão municipal.
Segundo informações do governo, 23 pessoas aguardavam vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nesta sexta-feira: três pacientes pediátricos, cinco neonatais e 15 adultos.
Em relação à dengue, Santa Catarina apresentou um aumento de 200% dos casos em comparação com o ano passado.
Já são mais de 100 mil notificações e 53 mil confirmações. Até o momento, 54 pessoas morreram em decorrência da doença, contra sete mortes em 2021.
Sobre a Covid, apesar da redução do número de mortes, as infecções continuam elevadas. Para os 14 mil casos que estão ativos no Estado, há uma média de três mortes por dia. Em janeiro, quando o número de casos era similar, as mortes diárias oscilavam entre 37 e 40.
O Estado manterá a recomendação do uso de máscaras, embora não vá retornar a obrigatoriedade do equipamento de proteção neste momento.
Entre os planos do governo há ferramentas jurídicas de apoio aos hospitais, como ampliação de leitos de UTI, repasse financeiro, contratação de recursos humanos, investimento em equipamentos para aquisição emergencial e apoio às unidades de pronto atendimento municipais.