Rio Grande do Sul
Com UTIs superlotadas, governo avalia manutenção da bandeira preta
Com relação à cogestão, Leite pretende conversar com os prefeitos nesta sexta-feira para definir um rumo
Em função da situação crítica do sistema de saúde do Rio Grande do Sul e do aumento exponencial das internações pela Covid-19, o governador Eduardo Leite afirmou, nesta segunda-feira que, que o Estado vai se manter em bandeira preta caso não se reverta a tendência atual dos indicadores.
“O número de pacientes confirmados com a doença em UTIs, que é um dos indicadores, aponta que houve um aumento de 800 para cerca de 2,5 mil pessoas nessa condição. Isso significa que ainda há uma situação de superlotação dos hospitais, fazendo com que o modelo do Distanciamento Controlado indique a bandeira preta”, assinala Leite.
Com relação à cogestão, o governo pretende conversar com os prefeitos nesta sexta-feira para definir um rumo. Mesmo que haja uma eventual decisão de retomar a cogestão, o governo entende que serão necessários ajustes nos protocolos da bandeira vermelha, tornando as atividades mais restritas do que antes.
Com 148 mortes confirmadas nesta segunda, o Rio Grande do Sul contabiliza 15.105 vidas perdidas em função do novo coronavírus. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou ainda 2.618 novos infectados, elevando o total para 744.844.
A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) voltou a apresentar crescimento e atingiu 109,8% de lotação, com 3.473 internações, 310 a mais do que a capacidade máxima prevista. As redes pública e privada bateram a capacidade máxima. Com superlotação, os leitos privados atendiam com taxa de 134,2%. As internações relacionadas à Covid-19 correspondem a 77,6% do total, com 2.693 pacientes. Do total, 2.551 eram de casos positivos para a doença e outros 142 tinham diagnóstico suspeito.
Na capital, 14 dos 18 hospitais atendiam com capacidade máxima ou superlotação. Nesta sexta, a taxa de ocupação das UTIs superou 117%.