Segurança
Comandante do Exército determina vacinação e proíbe fake news
Diretriz repassada a militares de todo o país estabelece distanciamento social e adoção de medidas sanitárias
O comandante do Exército, general Paulo Sérgio, definiu uma série de regras a serem adotadas na força para combater o avanço da pandemia de Covid-19. Em um documento encaminhado às organizações militares de todo o país, o militar orienta que o retorno de integrantes da caserna ao serviço presencial deve ocorrer após 15 dias da aplicação da vacina.
Além da imunização, o documento, que destaca a necessidade de manter a capacidade operacional da tropa, determina que seja aplicado o distanciamento social, testagem de militares e servidores civis que retornarem de viagens ao exterior e demais medidas sanitárias adotadas pelo Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e Economia.
O documento estabelece que, em todos os setores do Exército, sejam adotadas "as medidas protetivas como o distanciamento social, o uso de medidas de barreira física (máscaras) e a higienização das mãos". As regras valem para servidores civis, militares e para estagiários. Em outro trecho, o comandante proíbe a difusão de fake news em redes sociais e determina que os militares devem passar as orientações para familiares e redes de contato.
A norma diz que "não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação" e que "além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta".
As diretrizes destacam que cada chefe de serviço militar deverá "avaliar o retorno às atividades presenciais dos militares e dos servidores, desde que respeitado o período de 15 (quinze) dias após imunização contra a Covid-19 (uma ou duas doses, dependendo do imunizante adotado)" e completa, afirmando que "os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do Departamento Geral de Pessoal (DGP), para adoção de procedimentos específicos".
Paulo Sérgio era chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército antes de ser nomeado comandante pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele se destacou pelas medidas de combate à Covid-19 na força, que fez com que a taxa de óbitos se mantivesse em 0,13 entre os militares, enquanto o país enfrentava uma taxa de mortalidade de 2,5%.