Rio Grande do Sul

Covid em Chapecó: 16 pessoas morreram aguardando leitos de UTI

Conforme a prefeitura, pacientes que morreram receberam tratamento adequado, como se fosse um leito de UTI, mas “o ideal seria um leito hospitalar”, veja o esclarecimento completo da Administração Municipal.

Por Secom/PMC Publicado em 03/03/2021 09:36 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Com a sobrecarga do sistema de saúde e a ocupação total dos leitos de UTI, devido a pandemia da Covid-19, o município de Chapecó foi obrigado a montar estruturas alternativas, mas que mesmo assim, não são suficientes para atender a crescente quantidade de casos. Segundo levantamento do ClicRDC, entre os dias 15 de fevereiro e 02 de março, em Chapecó, 16 pessoas faleceram quando aguardavam transferência para um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Conforme a prefeitura, pacientes que morreram receberam tratamento adequado, como se fosse um leito de UTI, mas “o ideal seria um leito hospitalar”.

Dentre as vítimas, 14 pessoas morreram nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), uma no Pronto Atendimento da Efapi e uma no Hospital de Campanha do Centro de Eventos. O óbito registrado no Centro de Eventos ocorreu em menos de uma semana da abertura de leitos no local.

Conforme informado pela assessoria da prefeitura de Chapecó, os pacientes receberam tratamento adequado, com atendimento especializado, manobras de reanimação e todo suporte como se fosse um leito de UTI. No entanto, como faltam vagas em Chapecó e em todo o Oeste de Santa Catarina, as vítimas não conseguiram vagas na UTI.

No levantamento não foram contabilizadas as vítimas que faleceram em residências, isso em função de que, de acordo com a assessoria da prefeitura, os óbitos ocorreram pelo agravamento de outras comorbidades.

Confira o esclarecimento da prefeitura de Chapecó:

ESCLARECIMENTO

A Administração Municipal de Chapecó informa que os pacientes que faleceram nas suas unidades de Saúde receberam tratamento adequado, com atendimento especializado e as manobras de reanimação e todo suporte como se fosse um leito de UTI, embora o ideal seria um leito hospitalar. No entanto, os hospitais da Região Oeste estão lotados e praticamente não há vagas nem em outras regiões, para transferência.

Além disso, não necessariamente os óbitos foram por falta de UTI hospitalar, pois os óbitos poderiam ocorrer mesmo dentro do hospital, como tem ocorrido.

A Administração tem trabalhando intensamente para ampliar o atendimento e dar o suporte aos pacientes, ampliando equipes, profissionais e leitos. Mesmo com a ampliação dos leitos de UTI no Hospital Regional do Oeste, de 35 em janeiro para 82 nesta semana, o município teve que internar mais de 40 pacientes na UPA e também em leitos de enfermaria nos ambulatórios. Recentemente abriu mais 35 leitos de enfermaria no Centro de Eventos. E estão previstos mais leitos. Além disso adotou medidas de fechamento do comércio, testagem e orientação da população, para tentar diminuir o contágio.

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