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Defesa Civil em Erechim registra aumento em pedidos para transporte de água

As ligações para o 199 na manhã desta quinta-feira(13), duplicaram e já foi necessário aumentar frota de caminhões para o transporte de água.

Por Fonte:Uol/Da Redação Publicado em 13/01/2022 10:26 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Defesa Civil em Erechim está recebendo desde as primeiras horas desta quinta-feira(13), um grande número de pedidos de transporte de água para propriedades agrícolas. Em poucas horas, aumentou mais de 60% o volume de água necessária e de propriedades desabastecidas. A Defesa Civil, em operação conjunta com a Força Voluntária, já trabalha com quatro caminhões pipa e se a demanda persistir poderá ampliar para 7 caminhões e estender o atendimento para 24h.

O coordenador da Defesa Civil de Erechim, confirmou nesta manhã que encaminhou pedido de recursos financeiros para o governo federal. Ronaldo Mânica disse que pediu pouco mais de R$ 2,6 milhões para atender a demanda inicial de despesas com a estiagem, que se somam aos prejuízos na agricultura, auxílio aos pequenos agricultores com cestas básicas, caixas d’água, transporte de água, entre outros custos recorrentes.

Frigoríficos da Aurora

O lago da ETA - Estação de Tratamento de Água da Aurora, que abastece os dois frigoríficos em Erechim, começou a baixar o nível e ligou a luz de alerta nas duas plantas da indústria. Segundo o gerente geral da Aurora em Erechim, Adriano Tomalok, juntos, os frigoríficos de aves e de suínos consomem 5 milhões de litros de água por dia. Para manter o nível de água na ETA, dois caminhões estão trabalhando no transporte. Um deles contratado pela empresa e outro da Defesa Civil municipal. A captação dessa água é feita em poços artesianos da empresa.

A estratégia da empresa é de se antecipar ao recrudescimento da estiagem em Erechim e aumentar o transporte de água gradativamente, mantendo sempre o nível da estação de tratamento. Se necessário serão contratados mais caminhões e a empresa passará a pegar água no Rio Erechim, em Jacutinga, onde a Aurora tem outorga para captação, como já fez há dois anos.

Adriano Tomalok explica que a situação neste momento está sob controle e a empresa tem planejamento para várias etapas de uma estiagem, caso a crise hídrica persista e se agrave. Diminuir o abate nas duas plantas está fora de cogitação. Ele explica que o sistema é complexo: “A cadeia produtiva de aves e suínos é um conjunto de engrenagens que dependem uma da outra para diminuir a velocidade.”

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