Esporte

Departamento jurídico confirma que Grêmio não irá jogar o clássico Gre-Nal

FGF já foi informada da decisão do clube; ônibus foi apedrejado na chegada ao Beira-Rio

Por Correio do Povo Publicado em 26/02/2022 18:37 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

O departamento jurídico do Grêmio confirmou que o Tricolor não irá entrar em campo para o clássico Gre-Nal 435, que estava marcado para o Beira-Rio, neste sábado, às 19h. Mais cedo, na chegada da delegação ao estádio, o ônibus do clube foi apedrejado por torcedores do Inter. O volante Villasanti foi atingido, ficou ferido e chegou a desmaiar.

Ônibus foi apedrejado na chegada ao Beira-Rio | Foto: Grêmio / Divulgação / CP

A informação foi confirmada pelo departamento jurídico do clube para a Rádio Guaíba. O presidente Romildo Bolzan Jr já havia dado declaração no mesmo sentido. A Federação Gaúcha de Futebol também já foi informada da decisão.

Na avaliação da direção, não há clima para a realização da partida. Villasanti, ferido com a pedrada, foi encaminhado ao hospital Moinhos de Vento, para atendimento.

De acordo com o coronel Nunes, responsável pelo comando da Brigada Militar em Porto Alegre, até o momento, ninguém foi preso. A informação foi confirmada na Rádio Guaíba.

A delegação, inclusive, já começou a deixar o estádio Beira-Rio. A torcida do Inter também já deixa o estádio, e a polícia agora trabalha para retirar os torcedores visitantes.

Apesar do pedido do Grêmio para suspender a partida, o Gre-Nal 435 ainda pode ser disputado neste sábado (26). Em áudio enviado à Rádio Gaúcha, o árbitro Leandro Vuaden comunicou que, em um primeiro momento, existe a possibilidade de o clássico iniciar às 21h. Inicialmente, o jogo, válido pela nona rodada do Gauchão, estava agendado para as 19h.

Presidente do Inter concorda com não realização do Gre-Nal, mas cita desequilíbrio do campeonato

O presidente do Inter, Alessandro Barcellos, se manifestou "com veemente contrariedade" ao apedrejamento do ônibus do Grêmio na chegada ao Gre-Nal deste sábado. Ele salientou aceitar que o jogo seja realizado em outra data, mas tentou contextualizar. "O Inter concorda com a não realização da partida, mas também está preocupado com o desequilíbrio do campeonato", ponderou.

O presidente descartou, ainda, que seja apropriado uma punição direta ao Colorado. "O episódio ocorreu fora das cercanias do clube e o Inter não zela pela segurança pública da cidade. O acontecimento foi fora do Beira-Rio."

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