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Encontro Estadual aborda desafios das mulheres no Dia Internacional

Mais de 2.100 pessoas participaram de forma virtual do Encontro Estadual de Mulheres, que aconteceu nesta segunda-feira (08).

Por Assessoria Emater Publicado em 08/03/2021 19:07 - Atualizado em 03/06/2024 09:49

Mais de 2.100 pessoas participaram de forma virtual do Encontro Estadual de Mulheres, que aconteceu nesta segunda-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher. Promovido pela Emater/RS-Ascar, o evento foi mediado pela extensionista responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) a Mulheres Rurais e Juventude Rural, Clarice Emmel Bock, e abordou o tema “Os desafios e as alegrias de ser mulher: tecendo caminhos de (r)existência”.

A data foi homenageada pelo presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, e pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, que representou o governador Eduardo Leite na abertura do evento. Eles ressaltaram as diversas atribuições “das mulheres trabalhadoras rurais, empreendedoras, donas de casa, lideranças, agraciadas e reconhecidas”, analisou Sandri. Para o secretário, “a mulher gaúcha é guerreira e merece nossos aplausos. Por isso estamos fortalecendo a Emater, para dar ferramentas para que as mulheres sigam contribuindo para a sociedade”, disse.

Foto: Reprodução/ Adriane Bertoglio Rodrigues

A apresentação foi de Joice Nielsson, que é doutora em Direitos Humanos e professora-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado e Doutorado em Direitos Humanos - e do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional do Noroeste do RS, onde também é coordenadora da Pós-graduação Justiça Restaurativa e Mediação. Joice falou sobre os desafios da mulher na atualidade, destacando a importância da mulher sobreviver, mantendo cuidados com a saúde física e mental e dividindo as tarefas para evitar a sobrecarga de trabalho. Outra temática apresentada foi a violência contra a mulher. “Nenhuma mulher gosta de apanhar, mas devemos lembrar que nenhuma mulher está sozinha, pois há serviços de atendimento em casos de violência e as amigas, que não devem desistir de ajudar”, avalia, ao aconselhar “meta a colher”.

Fortalecer vínculos e (re)aprender a dialogar também foi outro desafio citado por Joice, que defende julgar menos e apoiar mais, “inclusive a nós mesmas”, ressaltou. “Não podemos enxergar outras mulheres como se estivéssemos competindo, mas lado a lado, termos mais alegrias e menos dificuldades”, e finalizou desafiando as mulheres a se olharem no espelho e se elogiarem, percebendo o quão especiais são. “Que a gente possa estender mais as mãos para nós mesmas, nos cobrar menos e perdoar mais. Nos olhar com mais amor e menos exigências”, concluiu.

De acordo com Clarice, a Emater/RS-Ascar realiza diversas ações visando tornar a mulher protagonista de sua história e de sua vida, ao valorizá-la como trabalhadora, cidadã, como agente de desenvolvimento, sendo representantes de diferentes entidades e da própria Extensão Rural e Social. “Dessa forma, gera uma mudança na postura dos integrantes da família e da própria mulher na divisão do trabalho e na gestão da unidade de produção familiar. A Emater entra com o apoio à inclusão econômica, social e política, a participação efetiva das mulheres nos processos organizativos, o acesso a políticas públicas, como Pronaf, Feaper, Bolsa Família, CadÚnico, Assistência Social, bloco de produtor, facilitando ainda o acesso à saúde, à previdência, à aposentadoria e à formulação de políticas públicas específicas para as mulheres”.

Tudo isso se dá através de encontros, reuniões, visitas, cursos, qualificações, dias de campo, palestras, enfim, muitas atividades são proporcionadas para as mulheres. “Mas por conta da pandemia e de não poder fazer reuniões de grupos nos anos de 2020 e também agora em 2021, as atividades estão sendo realizadas de forma virtual, por meio do whatsapp, lives e redes sociais, estamos realizando esse trabalho para nunca deixar essas mulheres desassistidas e levar todas as informações que elas necessitam para se tornarem mais empoderadas”.

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