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Equipe da Patram de Capão da Canoa resgata pinguim no Litoral Norte gaúcho
O pinguim se encontrava na beira-mar de Xangri-Lá e foi encaminhado ao Ceclimar para atendimento veterinário.
Um pinguim foi resgatado na beira-mar de Xangri-Lá, no Litoral Norte, por uma equipe da Patram de Capão da Canoa, que realizou o salvamento do animal marinho na orla marítima. O pinguim se encontrava próximo à guarita 91, segundo o portal Litoralmania, e foi encaminhado ao Ceclimar para atendimento veterinário. O salvamento foi na última quarta-feira (15).
O Brasil já começou a receber os primeiros pinguins da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), oriundos das Ilhas Malvinas, da Argentina e do Chile que anualmente migram para a costa brasileira, em temporada que tende a se estender de junho a outubro.
O pico da temporada ocorre, normalmente, entre julho e agosto. O coordenador do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) na área SC/PR, biólogo marinho André Barreto, explica que os pinguins vêm, em geral, das colônias de reprodução na Argentina, em águas mais frias e, nesta época do ano, começam a se espalhar em busca de alimento.
“E parte da população acaba chegando aqui, no Brasil. Por isso a gente acaba tendo mais animais nas regiões do Sul. Alguns alcançam o Rio de Janeiro e a gente tem registro até mais no Nordeste, na Bahia. Mas é mais raro. O mais comum é no Rio Grande do Sul e Santa Catarina ter mais animais”, disse.
Barreto explicou que os pinguins-de-magalhães costumam fazer colônias na América do Sul, principalmente na costa da Patagônia, onde tem as maiores colônias, e se espalham no Atlântico Sul. Essa espécie não vive no gelo, como o pinguim imperador e o pinguim real. “Esse é um pinguim que vive em terra. As colônias dele são nas praias da América do Sul mesmo”.
Os animais que chegam à costa brasileira vêm debilitados, em sua grande maioria, ou mortos até, porque o canal de distribuição deles é mais a Argentina e o Uruguai. “Então, os que chegam aqui estão no limite da distribuição deles. Não estão encontrando mais os alimentos usuais deles. Tendem a chegar mais fracos”. O biólogo marinho lamentou apenas 10% dos animais resgatados pelo PMP são encontrados vivos. Os pinguins vão sendo devolvidos ao mar de acordo com o estado de saúde de cada um.