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Erebango: Técnicos desenvolvem trabalho para controle da população de "morcegos-vampiros"
Atividade de captura, contou com o apoio de dois técnicos agrícolas especializados nesta atividade (Gladison e Rudinei) e que atuam na Inspetoria de Ciríaco.
A Emater/Ascar, em parceria com a Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, tem como uma das metas o controle da raiva bovina e identificação de refúgios de morcegos.
Em Erebango, esse trabalho foi desenvolvido durante alguns meses pelos técnicos, João Paulo Petry Meneses do Escritório Municipal da Emater e Cleiton Antônio Dall’Agnol, da Secretaria Municipal da Agricultura.
Durante a ação foram identificados alguns locais com presença de vestígios e morcegos, além do relato de vários agricultores sobre ataque destes animais a bovinos, suínos e equinos. O registro foi encaminhado à unidade regional da Inspetoria Veterinária e Zootécnica – IVZ.
Captura
Diante disso, foi organizada, neste mês, uma atividade de captura, que contou com o apoio de dois técnicos agrícolas especializados nesta atividade (Gladison e Rudinei) e que atuam na Inspetoria de Ciríaco.
Ao todo, foram recolhidas 23 espécies de morcegos hematófagos Desmodus Rotundos, ou, popularmente conhecidos como “morcegos-vampiros” (mamíferos que se alimentam de sangue) em um prédio abandonado (14 fêmeas e nove machos), e no dia 09/02, dois machos e uma fêmea, localizados em uma área próxima ao cemitério municipal.
Controle da população de morcegos
Conforme a equipe técnica, o curso clínico da raiva é muito curto e, em cerca de três a dez dias, o animal que foi atacado pelo morcego, morre. Ao passo que não há tratamento, existe a prevenção por meio da pasta vampiricida, feita a partir de uma substância anticoagulante.
Depois da captura, os animais receberam a aplicação da pasta, auxiliando, assim, no controle da população do animal. Tal manejo inibe apenas a proliferação dessa espécie transmissora da raiva, não causando danos ou transtorno às demais e mantendo o equilíbrio ecológico da natureza do local. Após, eles foram soltos novamente. “Com essa prática, espera-se o controle da população de morcegos e que possa se evitar a possível transmissão e contágio da raiva ao homem, animais domésticos, animais silvestres e bovinos, equinos ovinos e caprinos (que são herbívoros)”, explica o técnico da Emater, João Paulo Petry Meneses.
Após este trabalho também estão sendo realizadas visitas aos produtores e repassadas orientações para monitoramento em conjunto (Emater/IVZ e produtores) nos próximos meses.
Mais sobre os hematófagos
Os morcegos hematófagos têm hábitos noturnos, não gostam de claridade e, se contaminados com o vírus da raiva, irão transmiti-lo no momento em que a saliva entra em contato com outro animal, por meio da mordida ou ferida aberta. A espécie pode se deslocar até 20 quilômetros de distância do abrigo para fazer a alimentação.