Rio Grande do Sul

Federação das Santas Casas importará 900 mil ampolas de medicamentos do kit intubação

A compra conjunta permitirá ao grupo ter ainda um preço mais competitivo.

Por Jornal do Comércio Publicado em 30/03/2021 22:19 - Atualizado em 03/06/2024 09:51

Para buscar uma solução sustentável à escassez de medicamentos anestésicos dos kits intubação utilizados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), agravada pelo atual cenário da pandemia, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul (Federação RS) decidiu importar, pela primeira vez, lotes de pelo menos três dos fármacos mais utilizados. A compra conjunta de 900 mil ampolas será feita de países como Índia e Turquia, e deverá chegar ao Estado entre 22 e 30 dias após a solicitação, segundo publicação do site do Jornal do Comércio.

Nesta terça-feira (30), representantes da Federação alinhavavam a lista final de hospitais que participarão do processo. De acordo com Cassiano Macedo, que atua na divisão de Saúde Suplementar da entidade, pelo menos 60 casas de saúde confirmaram a intenção de adquirir os medicamentos diretamente do mercado externo, como forma de minimizar as dificuldades internas de compra e demora do governo federal em adquiri-los para repasse ao Estado. "A intenção não é apenas apagar incêndio, mas construir uma solução diferente e útil para o problema, a médio prazo. O que interessa é abrirmos esse canal e fazermos logo a primeira aquisição conjunta", relata.

A possibilidade de importação desses medicamentos por hospitais e redes hospitalares foi permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que publicou medidas regulatórias emergenciais nesse sentido, como forma de enfrentar a escassez dos fármacos.

Desde o dia 18 de março a Federação RS já vinha debatendo essa possibilidade e pesquisando alternativas junto ao mercado internacional. Embora os preços dos medicamentos sejam similares no Brasil e no Exterior, a grande demanda interna faz com que os estoques esgotem rapidamente e que os fabricantes passem a aplicar preços abusivos em todo o País. Além das dificuldades em encontrá-los, os valores aplicados não condizem com a realidade das instituições de Saúde.

A compra conjunta permitirá ao grupo ter ainda um preço mais competitivo. A intermediação de todo o processo está sendo feita pela Federação das Santas Casas, mas os contratos e pagamentos dos produtos serão feitos individualmente, a cargo de cada hospital conveniado.

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