Economia
Gasolina terá redução de R$ 0,40 por litro nas refinarias a partir de amanhã
Presidente da Petrobras calcula que a gasolina caia R$ 0,29 nas bombas; diesel e gás de cozinha também cairão
A gasolina ficará R$ 0,40 por litro mais barata nas refinarias a partir desta quarta-feira (17). A redução é de 12,6%. O anúncio foi feito pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, nesta terça-feira (16).
Por sua vez, a queda no diesel será de R$ 0,44 por litro (-12,8%). No gás de cozinha, baixa de R$ 8,97 no botijão de 13 kg (-21,3%).
Dessa forma, Prates calcula que a gasolina nas bombas tenha queda de R$ 0,29, em média. Ou seja, sairia de R$ 5,49 por litro para R$ 5,20. Além disso, segundo as contas do executivo da companhia, o diesel partirá de R$ 5,57 por litro em média para R$ 5,18. Já o botijão de gás, no mercado, passará a custar R$ 99,87.
Mudança na política da empresa
O anúncio de redução nos combustíveis ocorreu horas depois de a Petrobras alterar sua política de preços. Com a decisão, a companhia abandona a PPI (paridade internacional) como base principal para os reajustes. A medida atrelava os valores dos combustíveis ao mercado internacional de petróleo.
A PPI tinha o objetivo de evitar que as substâncias tivessem baixa nos valores de forma artificial — ou seja, que os preços ficassem menores sem que o barril de petróleo em todo o mundo tivesse redução também.
A ferramenta estava em vigor desde 2016. Naquele ano, ela foi implementada pelo chefe da estatal indicado por Michel Temer, o então presidente da República.
A PPI veio como uma das formas de se contrapor à administração de Dilma Rousseff à frente da estatal. A presidente se opunha a atrelar os combustíveis ao mercado internacional. No fim de 2015, a empresa teve rombo recorde de R$ 36,93 bilhões.
Logo no primeiro ano, mudanças foram estabelecidas, e foi definido que os reajustes poderiam acontecer diariamente.
“Os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política, em outubro de 2016, não têm sido suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados", disse a Petrobras ao alterar a recém-anunciada política de preços.
Por mais que a PPI agradasse à maior parte do mercado e dos analistas, ela foi alvo de críticas de Jair Bolsonaro e Lula da Silva.