Economia
Governo dará bônus para quem reduzir consumo de energia em casa
Cenário hídrico preocupa governo no que tange a produção de energia.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o programa de redução voluntária voltado para consumidores residenciais iniciará a partir de 1º de setembro. O governo vai dar descontos nas contas de luz de consumidores residenciais que economizarem energia elétrica. A medida foi antecipada pelo Estadão/Broadcast. A expectativa, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), é divulgar as regras da medida no início da próxima semana.
"O programa está sendo estruturado e contará com definição de meta mínima de redução para concessão de crédito", informou o ministério em nota distribuída à imprensa. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Albuquerque afirmou que "todos sabem que o custo da geração de energia tem aumentado em face da geração termelétrica". Segundo ele, desde o final do ano passado o governo tem acionado essas usinas.
"Estamos avaliando a métrica para todos os consumidores. A ideia do programa é premiar aqueles consumidores que se esforçarem em reduzir a carga e, assim, contribuir para o aumento da segurança, da confiabilidade e do custo de geração", disse o secretário de Energia Elétrica do ministério, Christiano Vieira.
Ele afirmou que havia uma escassez bem caracterizada nos reservatórios localizados no Sudeste, considerado a caixa d'água do sistema elétrico, mas que as perspectivas de chuvas na região Sul não estão se concretizando. Durante entrevista coletiva, ele citou aprovação para aumentar a transferência de energia do Nordeste para Sudeste e Sul, para aproveitar a geração de usinas eólicas.
Para garantir o abastecimento de energia elétrica, o governo tem autorizado o acionamento de usinas termelétricas, até mesmo as mais caras. Segundo o secretário, hoje há usinas em uso que custam acima de R$ 2 mil por megawatts-hora (MWh).
O governo espera, segundo ele, que o programa de redução de consumo voluntário voltado para os grandes consumidores, e as demais iniciativas, sejam opções mais "econômicas". "Com economia voluntária, poderemos não colocar em operação usinas com custo acima de R$ 2 mil/MWh", afirmou.