Segurança

Hospital indenizará bebê que sofreu queimaduras durante banho em Itá

Associação que administra a unidade de saúde foi condenada ao pagamento de R$ 30 mil à criança e outros R$ 20 mil à mãe. Ambas as sentenças por danos morais

Por Tribunal de Justiça de SC Publicado em 21/07/2022 15:32 - Atualizado em 03/06/2024 11:17

Os momentos de felicidade que chegam com o nascimento de um filho foram adiados para uma mãe de Itá. É que o bebê sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus, ainda no hospital. 

Por conta disso, a associação que administra a unidade de saúde foi condenada ao pagamento de R$ 30 mil à criança e outros R$ 20 mil à mãe. Ambas as sentenças por danos morais.

Consta nos autos, que tramitam na Vara Única da Comarca de Itá, que a cesárea ocorreu sem complicações, em julho de 2017, e que o bebê, acolhido pela mãe assim que saiu do útero, estava em perfeitas condições de saúde. 

A mãe foi orientada pelas enfermeiras que somente as profissionais deveriam fazer as trocas de fraldas e que tivesse bastante cuidado ao pegá-lo no colo porque ele estava com um “pequeno problema”. 

Passadas 48 horas do nascimento, e após insistência da mãe em acessar o prontuário do filho, a genitora recebeu a confirmação de que se tratava de queimaduras e precisaria ficar mais 13 dias internada para tratamento.

Na decisão, o juiz Rodrigo Clímaco José ponderou que as fotografias anexadas ao processo, bem como o laudo pericial, não deixam dúvidas do ocorrido. 

O magistrado destaca que é surreal imaginar que alguém possa justificar aquelas lesões afirmando que são decorrentes de alergia.

“E com certeza a água não estava quente, estava fervendo! O caso, inclusive, deveria ter sido analisado criminalmente e administrativamente, para que as enfermeiras responsáveis respondessem pelo delito que cometeram e, inclusive, sofressem sanções administrativas. A imperícia foi gritante”.

As bolhas foram identificadas nas nádegas, saco escrotal e parte traseira da coxa esquerda. Além da internação, o bebê precisou de curativos diários ao longo do primeiro mês de vida. E a cicatrização se deu após quatro meses. As partes podem recorrer da decisão.

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