Segurança
Inquérito policial apresenta possíveis responsáveis pelas mortes na BMW
Dono e funcionário de oficina onde BMW foi alterada responderão por homicídio
O inquérito policial apresentado pela Polícia Civil, através da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Balneário Camboriú traz detalhes importantes e aponta os possíveis responsáveis pelas mortes de quatro jovens em uma BMW estacionada na rodoviária da cidade.
As mortes de Thiago de Lima Ribeiro, Karla Aparecida dos Santos, Gustavo Pereira Silveira Elias e Nicolas Oliveira Kovaleski ocorreram no último dia 1° de janeiro. O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (31).
As perícias realizadas pela Polícia Científica concluíram que a causa das mortes foi asfixia provocada pela inalação de monóxido de carbono que vazou através da ruptura de uma peça, denominada downpipe, e adentrou na cabine do veículo por meio do ar condicionado.
Dono e funcionário de oficina onde BMW foi alterada responderão por homicídio
Os peritos concluíram que a peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, foi “produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante”.
A investigação apontou que a peça que rompeu foi instalada em uma oficina situada na cidade de Aparecida de Goiânia (GO), no mês de julho de 2023, e que o serviço foi realizado por um indivíduo de 48 anos, sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento, de 35 anos.
Diante das evidências, o inquérito foi concluído com o indiciamento do proprietário da oficina e do responsável pela construção e instalação do equipamento por quatro homicídios culposos – quando não há intenção de matar – haja vista a imperícia na realização do serviço.
O procedimento foi encaminhado para análise do Poder Judiciário e do Ministério Público, a fim de dar andamento à fase processual persecução penal.
O ND Mais entrou em contato com a defesa do proprietário da oficina, que destacou que ainda não foi notificada oficialmente sobre o indiciamento “assim quer for, iremos nos manifestar”, reforçou o advogado David Soares.