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Divulgação Erechim Jeep Club
Cidade

Jipeiros de Erechim concluem expedição no Pantanal

Ao todo foram quatro dias e 340 km percorridos no desafio mais longe da “capital da Amizade” realizado pelo grupo

Leandro Zanotto / AU Online
por  Leandro Zanotto / AU Online
23/02/2023 16:20 – atualizado há 1 ano
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Quatro dias, 340 quilômetros, muita água, histórias e emoções. Assim foi a expedição Pantanal, realizada por membros do Erechim Jeep Club, na última semana no Mato Grosso.

Segundo o presidente do clube, Alcenir José Zis (Biduca) os momentos vividos foram únicos.

“Este é um período mais chuvoso naquela região, a noite chovia muito e de dia conseguimos andar, mas água que fica acumulada nas estradas vinha muitas vezes até o teto do jipe”, lembrou.

Além da água o grupo precisou enfrentar atoladores. Em um dos locais, chegou a demorar quatro horas e meia para andar um trajeto de 400 metros, mas apesar das dificuldades, nenhum dos carros dos erechinenses teve problemas mecânicos de grande monta.

“Tivemos que trocar dois alternadores e realizar pequenos reparos, mas conseguimos chegar até nosso objetivo com tudo certo”, ressaltou o presidente.
Foto: Divulgação Erechim Jeep Club

Apesar das dificuldades, belas paisagens foram vistas pelo grupo que também pode ver de perto a rica fauna pantaneira, tudo sem esquecer de suas origens. 

Durante o almoço, feito no meio da estrada tomada pela água, um momento descontração com um dos membros, o piloto Edgar Rosset, tocando acordeom, ou como chamamos aqui no Sul, gaita.

“No primeiro dia, fizemos mais de 70 quilômetros embaixo da água. Mas são momentos que jamais vamos esquecer. Esse almoço foi uma grande surpresa quando ele tirou a gaita e começou a tocar”, comenta Biduca.

Sustos do Pantanal

O vice-presidente do clube, Julio César Sanzovo, que também participou da expedição, lembrou dos momentos de tensão vividos pelo grupo.

“Em uma das noite, os cães vieram da mata ecoando e brigando com um animal, tomamos um susto, por que eles vieram em nossa direção, chegaram bater em algumas barracas, não sabemos ao certo o que era, um dos guias falou que pelo estrago talvez uma jaguatirica”, explicou.

Outro momento de tensão foi a separação do grupo em alguns momentos.

“Teve um dia que cheguei no acampamento as 17h, outro grupo às 23h30, isso por que apesar de andarmos sempre um fila, alguns dos jipes não conseguiram passar, então precisavam ser rebocados, pegaram outra trilha ou voltaram para buscar combustível, desta forma o nosso grupo em alguns dias chegou se separar em três, alguns andaram a noite, sem conhecer o caminho, apenas com informações prestadas pelos guias via rádio, foi uma grande aventura mesmo”, comentou.

Período de Chuva

Júlio também falou sobre o período de chuvas enfrentado pelo grupo durante a expedição:

“Nós já esperávamos por tanta água, era algo que tínhamos planejado e fomos buscar viver essa experiência, mas apesar disso, foi acima das nossas expectativas, em muitos lugares água batia no pneu, na porta, no vidro do carro. Em uma das trilhas, chamada de Navegantes, não conseguimos completar, pois os jipes estavam já com água no teto, mas de qualquer forma retornamos e seguimos por outras trilhas, atingindo nossos objetivos”, explicou.
Foto: Divulgação Erechim Jeep Club

Roteiro da Expedição

O roteiro feito pelos erechinenses, foi programado por uma equipe de jipeiros do Mato Grosso, que participaram junto, além de paulista e um carioca.

“Saímos de Cuiabá com direção a Poconé, depois andamos no interior daquela região em fazendas. Neste período de chuvas, água dos rios sobe, muitos lugares ficam ilhados e só da para passar por dentro de mangueiras que são utilizadas pelos pantaneiros para levar o gado de um lado para outro, conforme o rio vai subindo. Chegamos a cruzar com uma boiada nos percursos, momentos inesquecíveis”, comenta Júlio.
Foto: Divulgação Erechim Jeep Club

Nada comparável

Membro a cinco anos do Erechim Jeep Club, Sanzovo, disse que nunca viveu nada parecido.

“Eu já tive a oportunidade de andar em muitos lugares, mas nada como o Pantanal, não tem explicação a sensação de andar naquele lugar. Você fica e horas e horas, dentro da água com o carro, muitas vezes batendo na porta ou no vidro. Um momento incrível para mim”, destaca.

Um novo desafio

De volta ao presidente do clube, perguntamos ao presidente de Biduca, se no futuro seu desejo é voltar para uma nova expedição no Pantanal.

“Com certeza. Chegamos já com saudade e planos de voltar no futuro. Apesar de ser uma operação complexa valeu muito a pena, vivenciar estes momentos”, destacou.
Foto: Divulgação Erechim Jeep Club

Equipe do Erechim Jeep Club

Participantes

  • Piloto: Alcenir José Zis (Biduca). Zeca: Marcelo Lima
  • Piloto: Julio Cesar Sanzovo. Zeca: Radin
  • Piloto: Edgar Rosset. Zeca: Gilnei Palavicini
  • Piloto: Rodrigo Badalotti. Zeca: Rafael Malacarne
  • Piloto: Everson Baschera. Zeca: Eduardo Baschera
Foto: Divulgação Erechim Jeep Club
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