Política
Justiça Eleitoral diz que teste pedido por militares descarta fraudes em urnas eletrônicas
Segundo o TSE, em todo o País, 2.044 eleitores participaram da testagem e todos os votos foram fielmente registrados na urna
O teste de urnas eletrônicas, solicitado pelos militares e realizado no dia da votação em primeiro turno, atestou a segurança dos votos. Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em todo o País, 2.044 eleitores participaram da testagem e todos os votos registrados foram fielmente registrados na urna. A participação direta de votantes foi exigida pelas Forças Armadas para assegurar a confiabilidade do teste dos equipamentos do TSE.
No total, 58 seções participaram do teste-piloto com o envolvimento dos eleitores no processo. Os participantes representam 12,9% dos eleitores que votaram nas seções onde o exame foi feito. Nessa quinta-feira (6) o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, já havia antecipado que o teste dos militares teve “100% de aprovação” das urnas.
Testes do TCU
Assim como o TSE, o Tribunal de Contas da União (TCU) também participou da testagem e já divulgou um relatório atestando a segurança das urnas. Passados quatro dias das eleições, as Forças Armadas ainda não divulgaram seus relatórios sobre o teste, tampouco informaram os resultados da “apuração paralela” dos votos que se dispuseram a fazer a revelia das recomendações de técnicos da Justiça Eleitoral.
Tradicionalmente o teste a que os dispositivos de votação são submetidos conta apenas com a participação de servidores da Justiça. As urnas são levadas para os tribunais regionais e lá é feita uma simulação de votação. Esse tipo de teste era feito desde 2002. Este ano, pela primeira vez, também houve a participação de eleitores.
Em 58 seções espalhadas pelas cinco regiões do País, os votantes foram convidados a ceder suas digitais para ativar a urna sob teste e liberar para que fosse registrado voto para os candidatos que disputam a eleição. Esses votos não foram computados na apuração geral, serviram apenas para atestar que os votos dados a determinado candidato apareciam depois no boletim de urna impresso pelo equipamento ao final do processo de votação.
As Forças Armadas exigiram o uso da biometria dos eleitores sem vínculos com o Poder Judiciário sob a alegação de que seria uma medida necessária para evitar que servidores da Justiça Eleitoral fraudassem o procedimento ou que as urnas fossem alvo de um código malicioso na votação.