Atendimento
O médico Leandro Boldrini, condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho Bernardo, foi chamado para participar da etapa final do processo seletivo de um programa de residência médica no Hospital Universitário de Santa Maria.
Ele fez a prova teórico-objetiva em 19 de novembro, quando já estava no regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria, e obteve pontuação suficiente para avançar para a próxima fase da seleção. Boldrini concorre a uma vaga na área de coloproctologia.
Um dos advogados de Boldrini, ainda não sabe dizer se ele vai participar da etapa presencial do processo seletivo. O resultado será divulgado no dia 11 de janeiro. Se for aprovado, o pai de Bernardo poderá atuar como residente por dois anos.
A continuidade de Boldrini na profissão é respaldada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), que o absolveu em um processo disciplinar interno. Segundo a decisão, não há provas que ele tenha receitado a medicação aplicada pela ex-companheira Graciele Ugulini em Bernardo, que resultou na morte. Em outras palavras, Leandro foi inocentado de ter violado o Código de Ética Médica e pode trabalhar como médico.
