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Lockdown nacional: mais de metade dos prefeitos é a favor para conter pandemia

Em pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), 1.584 gestores – de um total de 3.079 – aprovam a medida.

Por AE - Agência Estado Publicado em 05/07/2021 20:29 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontou que 53% dos prefeitos são favoráveis a um lockdown nacional, com objetivo de conter o avanço da pandemia. De acordo com a CNM, 3.079 gestores municipais participaram do levantamento, realizado entre os dias 28 de junho e 2 de julho.

Desse total, 1.234 prefeitos responderam ser favoráveis a um fechamento nacional por 15 dias. Já outros 350 defenderam um lockdown mais longo, de 21 a 30 dias.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, considera a medida ideal para conter um o avanço do vírus, já que o país ainda registra, em média, duas mil mortes diárias. Com o fechamento nacional, segundo ele, podem ser fechadas as fronteiras aéreas do país e mantidos apenas os serviços essenciais.

“Entende-se que é o momento, no mês de agosto, de se decretar e cumprir um lockdown como fizeram outros países que tiveram sucesso e alguns Municípios do Brasil. Para poder interromper e colocar o vírus no chão, o ideal cientificamente é 21 dias, mas com 15 já seria uma hipótese real”.

A pesquisa da entidade também procurou ouvir os gestores municipais sobre ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e avanço da vacinação. Em relação as UTIs, 21,5% dos prefeitos que participaram do balanço responderam estar com a capacidade acima de 95% de lotação. Já 17,8% alegaram que os leitos de alta complexidade tinham ocupação superior a 90%. Além disso, 13% dos pesquisados disseram estar com baixo estoque dos medicamentos do chamado “kit intubação”.

Sobre a campanha de vacinação, 27,2% dos prefeitos alegaram falta de imunizantes. Desses, 13,1% disseram ter faltado vacinas para a segunda dose, enquanto 96,7% dos entrevistados responderam haver falta de vacinas para a primeira dose.

O levantamento também apontou que em 97,4% das cidades campanha de vacinação contra o coronavírus avançou para o grupo de pessoas com 60 anos sem comorbidades, sendo a faixa etária entre 45 e 49 anos, com 29,9%, o grupo em que a maior quantidade de municípios chegou no processo de imunização.

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