Economia
Mais da metade dos empreendedores gaúchos querem expandir os negócios em 2023
Estudo do Sebrae RS aponta ainda que para 60% das empresas 2022 foi um ano melhor que o anterior
Mesmo frente a um cenário de importantes desafios reservados para o ano, mais da metade dos empreendedores do Estado (52%) têm o objetivo de expandir os negócios em 2023. É o que aponta a mais recente pesquisa elaborada pelo Sebrae RS. Realizada no mês de janeiro, a pesquisa ouviu empresários de Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI) gaúchos dos setores do comércio, serviço, indústria e agronegócio.
Em paralelo aos planos de expansão, outros 41% dos empresários indicam que o ano que se inicia deverá ser de estabilidade das atividades. “O empreendedorismo gaúcho demonstrou sua resiliência ao longo dos últimos três anos, com aprendizados e correções de rota que devem ser aprimorados ainda mais em 2023, uma temporada desafiadora”, explica o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Godoy.
Investimento interno e novas oportunidades
O dinamismo do ecossistema empreendedor gaúcho analisado pelo Sebrae RS também revela outro dado importante: 24% dos empreendedores têm a intenção de abrir um novo negócio em 2023. Já para 67%, os planos indicam investimento interno nos negócios vigentes, sendo as principais áreas de investimento:
- Marketing (46%);
- Novos Produtos (41%);
- Ampliação na capacidade de atendimento (40%);
- Aquisição de novos equipamentos (32%).
Análise de 2022
Se 2020 e 2021 foram temporadas de grande impacto em decorrência dos desdobramentos da pandemia, o ano passado foi marcado pela retomada gradual dos negócios. De acordo com a pesquisa, para 60% das empresas os negócios de 2022 foram melhores que em 2021. Para 47% dos entrevistados, o faturamento aumentou, ao passo que 30% indicaram não ter alterado na comparação 2022/2021. “Do comércio aos serviços, da indústria ao agro, todos os setores apresentaram alta”, comenta Godoy.
Entre os itens que mais afetaram os negócios em 2022, as empresas apontaram a alta dos custos (33%), a redução do poder de compra (21%) e a falta de clientes (15%), além da instabilidade política (11%).
Com a melhora na atividade e o crescimento no faturamento, o endividamento dos pequenos negócios reduziu e a sustentabilidade financeira também deixou bons números em 2022. Três em cada quatro empresas (76%) estiveram com pagamentos em dia ao longo do ano. Duas em cada três empresas (65%) não recorreram ao financiamento para seus negócios.