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Máquina pública pode “travar” até 2028 com aumento de despesas obrigatórias, alerta TCU

Os técnicos do tribunal estimam redução de 88% no espaço para as chamadas despesas discricionárias, ou seja, os gastos não obrigatórios que custeiam políticas públicas e investimentos.

Por Gazeta do Povo Publicado em 22/08/2024 20:24 - Atualizado em 22/08/2024 21:34

A máquina pública corre o risco de um "shutdown" (paralisação) até 2028 por conta do crescimento das emendas impositivas e dos mínimos constitucionais para saúde e educação. O alerta foi feito nesta quarta-feira (21) pelo Tribunal de Contas da União (TCU), depois da análise dos dados do Ministério do Planejamento e Orçamento.

Os técnicos do tribunal estimam redução de 88% no espaço para as chamadas despesas discricionárias, ou seja, os gastos não obrigatórios que custeiam políticas públicas e investimentos.

Em 2024, o valor disponível, após o desconto das emendas e dos mínimos com saúde e educação, é de R$ 100,9 bilhões. Os dados do TCU apontam compressão já a partir de 2027. Em 2028, o valor será de R$ 11,7 bilhões.

“Sem revisão da legislação, o aumento das despesas obrigatórias e despesas com dotações proporcionais à receita pode levar a um shutdown da máquina pública ou comprometer a âncora fiscal do RFS [regime fiscal sustentável, que substituiu o teto de gastos]”, diz a área técnica.

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