Saúde

OMS recomenda terceira dose para idosos que receberam a CoronaVac

Pacientes com problemas no sistema imunológico deverão receber terceira dose independentemente de qual vacina tomaram nas primeiras doses.

Por O Sul Publicado em 11/10/2021 21:18 - Atualizado em 03/06/2024 10:49

O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE, na sigla em inglês) da Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou, em um documento divulgado nesta segunda-feira (11), que imunossuprimidos vacinados com qualquer vacina e idosos a partir de 60 anos que tomaram a CoronaVac recebam uma terceira dose de vacina contra a Covid-19.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O grupo da OMS recomendou que os idosos sejam vacinados com uma terceira dose da própria CoronaVac. A imunização com outra vacina poderá ser considerada “com base no fornecimento” e “nas considerações de acesso”, segundo a entidade.

“Ao implementar esta recomendação, os países devem inicialmente ter como objetivo maximizar a cobertura de 2 doses nessa população e, posteriormente, administrar a terceira dose, começando nos grupos de idade mais avançada”, recomendou o grupo de especialistas.

No Brasil, todos os públicos autorizados a receber a terceira dose devem receber, preferencialmente, a vacina da Pfizer.

A recomendação da OMS de terceira dose para os idosos também vale para aqueles que receberam a vacina da Sinopharm, que não é usada no Brasil. Tanto a vacina da Sinopharm como a CoronaVac usam o vírus inativado, e, por isso, tendem a gerar uma resposta menor do sistema imune. O que não significa que a vacina não seja eficaz.

Imunossuprimidos

A recomendação da OMS é que todos os pacientes com imunossupressão moderada ou grave devem receber uma terceira dose de vacina, independentemente de qual tenham recebido nas primeiras duas doses.

Pacientes imunossuprimidos são aqueles com o sistema imunológico suprimido ou comprometido: pessoas vivendo com HIV com baixa contagem de CD4, pacientes com câncer e pessoas que receberam um transplante, por exemplo.

A justificativa da entidade foi que essas pessoas são menos propensas a responder adequadamente à vacinação após a aplicação do esquema normal, e, além disso, correm alto risco de desenvolver formas graves da Covid-19.

No Brasil

No fim de setembro, o Ministério da Saúde já havia anunciado uma terceira dose de vacina para o público a partir dos 60 anos que tivesse sido imunizado com qualquer vacina, desde que a segunda dose tivesse sido tomada mais de seis meses antes da terceira.

Pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde também já podiam receber a terceira dose no País.

A recomendação do Ministério da Saúde era que todos esses grupos – inclusive os idosos – recebessem a vacina da Pfizer na terceira dose.

A pasta também informou que não pretende usar a CoronaVac nem a vacina da Johnson, de dose única, para imunizar a população contra a Covid em 2022.

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