Economia

Ovos de Páscoa: fabricantes esperam novo crescimento após vender 10 mil toneladas em 2022

Em 2023 serão colocados no mercado 440 itens de Páscoa pela indústria, sendo 163 lançamentos

Por O Sul Publicado em 02/03/2023 16:55 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

A Páscoa de 2022 vendeu mais de 10 mil toneladas de ovos no Brasil, 13% de crescimento sobre o volume do ano anterior. Para 2023, a expectativa é de alta, mas a indústria ainda está em processo final de produção, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), que compilou os dados da produção do último ano. Em 2023 serão colocados no mercado 440 itens de Páscoa pela indústria, sendo 163 lançamentos. O número de lançamentos é o maior desde 2015, quando a associação começou a contabilizá-lo.

“A expectativa é de termos novamente uma Páscoa com continuidade de crescimento (em vendas)”, disse Ubiracy Fonsêca, presidente da Abicab. Ele afirma que, devido à situação econômica dos consumidores, a indústria tem procurado oferecer diferentes gramaturas de produtos, de forma que haja, também, diversidade de preços. Essa é uma das razões para o grande número de lançamentos neste ano. Há ainda a oferta de linhas que atendam pessoas com restrições alimentares.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Segundo Fonsêca, a indústria arca com os riscos da produção de perecíveis sazonais. Os ovos ficam expostos até o feriado no varejo e, se não são comprados, voltam às fabricantes, que ficam com o prejuízo. Assim, o planejamento tem de ser preciso. Do lado do varejo, porém, há quem reclame do fato de a produção ser limitada.

“O que fazemos na indústria é medir o mercado. A situação política e econômica do País influencia a leitura. Além da produção específica para a Páscoa, também reforçamos a produção regular”, disse Fonsêca. Ele afirmou que, especialmente em regiões mais pobres, é comum que as compras de barras de chocolate e bombons seja mais intensa nesta época, já que o poder aquisitivo para comprar os ovos de Páscoa é menor.

A Abicab não comenta o preço dos produtos praticados por seus associados, mas o presidente observou que os custos de produção subiram, reflexo das cotações do cacau e do câmbio.


Conteúdo relacionado