Economia
Presidente do Brasil vai ao G7 e pede empréstimo ao Japão
Brasil volta a exigir visto para turistas do Japão, Estados Unidos, Austrália e Canadá.
Na reunião bilateral travada em Hiroshima por aproximadamente uma hora, às margens da cúpula do G7, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que vai adotar a isenção de visto aos brasileiros.
Kishida também anunciou que seu país vai atender o pedido e conceder uma linha de crédito de R$ 1 bilhão voltada ao setor de saúde, sem, no entanto, dar detalhes do formato da concessão do empréstimo.
O aceno do anfitrião vem uma semana depois de o governo retomar a exigência de visto para turistas de Japão, Estados Unidos, Austrália e Canadá. A regra já existia, foi alterada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019 e agora volta a vigorar a partir de 1º de outubro pelo princípio da reciprocidade. Ou seja, o Brasil exigirá o documento porque esses mesmos países exigem visto a turistas brasileiros.
De acordo com a nota do governo do Japão, os dois líderes se comprometeram a trabalhar juntos para proteger o meio-ambiente e combater as mudanças climáticas. “O primeiro-ministro Kishida expressou sua esperança no avanço da reforma tributária no Brasil, afirmando que as empresas japonesas também estão atentas a isso”, acrescenta o texto.
A linha de crédito de R$ 1 bilhão foi confirmada no comunicado japonês, mas sem detalhes. A comitiva brasileira tampouco emitiu seu posicionamento sobre essa questão. “O primeiro-ministro Kishida afirmou que o Japão em breve realizaria um empréstimo em ienes japoneses no valor de 30 bilhões de ienes [R$ 1 bilhão] para apoiar ativamente a saúde e outros setores do Brasil”, diz o texto.