Economia

Produção de veículos cai 2% em julho e é a mais baixa em 18 anos

Falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagens afetaram o resultado do mês, de acordo com a Anfavea.

Por R7 Publicado em 06/08/2021 12:18 - Atualizado em 03/06/2024 10:04

Comprometida pela falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem, a produção de veículos - um total de 163,6 mil unidades no mês passado - caiu 2% em julho na comparação com junho.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (6) pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, e engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Foi o julho mais baixo na produção de veículos em 18 anos. Desde o início da pandemia, em meses consecutivos, a produção do mês passado só fica acima dos volumes fabricados entre abril e junho do ano passado, quando a chegada da covid-19 chegou a parar toda a indústria automotiva.

Frente a julho de 2020, houve queda de 4,2% na produção total, na soma de todas as categorias.

Com isso, os sete primeiros meses do ano, quando foram fabricados 1,31 milhão de unidades, terminaram com crescimento de 45,8% frente ao acumulado em igual período do ano passado.

A falta de peças, mais grave nos componentes eletrônicos, dada a escassez global de chips, voltou a forçar montadoras a suspender a produção no mês passado.

Neste momento, as paradas continuam em fábricas da Renault e da General Motors (GM), assim como, parcialmente, em linhas da Fiat e da Volkswagen.

Como consequência, faltam modelos nas concessionárias. Embora exista procura de consumidores, as vendas de veículos caíram 3 8% de junho para julho em função de limitação na oferta.

No total, 175,5 mil unidades foram vendidas em julho, volume que praticamente repete, com leve alta de 0,6%, a quantidade do mesmo mês do ano passado, quando o mercado ainda sofria o impacto da chegada da pandemia.

De janeiro a julho, o volume vendido (1,25 milhão de veículos) foi 27,1% superior ao acumulado nos sete primeiros meses de 2020.

Do lado das exportações, que têm a Argentina como principal destino, o balanço também é negativo no mês, com queda de 29,1% na comparação com junho e de 18,4% na variação interanual.

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