Economia
RS é o quarto estado que menos criou empregos formais entre 2020 e 2021, diz estudo
Ao todo, são 2,63 milhões de postos – um aumento de 6,2% em relação ao relatório anterior. O crescimento é inferior à média nacional, de 7,3%
Ao menos 154,3 mil novas vagas formais de trabalho foram criadas no Rio Grande do Sul na comparação entre os meses de novembro de 2020 e 2021. O dado foi divulgado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Governo do Estado.
Ao todo, são 2,63 milhões de postos – um aumento de 6,2% em relação ao relatório anterior. O crescimento é inferior à média nacional, de 7,3%, e coloca o Rio Grande do Sul na modesta 24ª posição do ranking de estados que mais criaram empregos formais no último ano – à frente apenas de Rondônia, Rio de Janeiro e Sergipe.
Segundo o relatório, 88,4% dos vínculos foram preenchidos por jovens de até 29 anos. A faixa etária entre 18 e 24 anos foi a responsável pelo maior porcentual (55,8%), seguido da faixa até 18 anos (19,1%) e dos adultos entre 25 e 29 anos (13,1%). Já a população de 50 a 64 anos (-5,8%) e de 65 anos ou mais (-2,8%) teve saldo negativo.
“O viés etário na expansão do emprego formal merece especial atenção, uma vez que o emprego dos mais jovens se associa a remunerações mais baixas, contratos menos duradouros e engajamento de indivíduos com pouca experiência no exercício de suas funções”, pondera o pesquisador Guilherme Xavier Sobrinho.
Escolaridade, gênero e segmentos
A maior parte dos novos contratados possui Ensino Médio completo (59,3%). No recorte de gênero, as mulheres saem na frente (54,1%). Em relação ao mercado formal de trabalho por setor, a indústria conquistou a maior variação percentual no número de empregos entre novembro de 2020 e novembro de 2021, com uma expansão de 7,7%.
Na sequência, aparecem comércio (+6,4%), serviços (+5,7%), construção (+4,3%) e agropecuária (+3,9%). O segmento de serviços, que cresceu menos, gerou o maior número absoluto de novos vínculos. Isso porque este mercado já é maior do que os outros no Rio Grande do Sul.
Informalidade e renda
A taxa de informalidade no mercado de trabalho do Rio Grande do Sul foi de 32,2% no terceiro trimestre de 2021, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2020. O índice é superior ao registrado nos estados de Santa Catarina (26,6%) e São Paulo (30,6%), mas abaixo da registrada no país (40,6%).
O rendimento médio real dos ocupados no Estado no terceiro trimestre de 2021 foi de R$ 2.730, abaixo dos R$ 2.784 do segundo trimestre e dos R$ 2.977 do mesmo trimestre do ano anterior, porém acima da média nacional (R$ 2.383).