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Rio Grande do Sul

Saiba quais são as comorbidades elegíveis para a vacinação contra a gripe

A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus

Assessoria
por  Assessoria
27/03/2024 15:12 – atualizado há 55 segundos
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A campanha nacional de vacinação contra a gripe (influenza), iniciada oficialmente nesta semana, conta como um dos grupos prioritários as pessoas com comorbidades. Esse público engloba aquelas pessoas com doenças crônicas ou outras condições clínicas que as tornam com maior risco de agravamento ou óbito pela doença.

Ilustram essa situação os dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) que apontam que, em 2024, 19% dos casos de hospitalizações e 10% dos óbitos por influenza eram entre pessoas de 6 a 59 anos que tinham alguma comorbidade (dados de Síndromes Respiratórias Aguda Grave por influenza até 23/03/24 - Semana Epidemiológica 12 do ano). Em números absolutos, isso representa 33 hospitalizações entre as 170 já registradas no ano e uma entre as 10 mortes pela doença notificadas.

Ressalta-se que crianças maiores de 6 meses a menores de 6 anos e idosos (com 60 anos ou mais) são outros grupos elegíveis na campanha de vacinação por também terem uma menor imunidade contra a infecção.

- Foto: Marcelo Bernardes - ACS/SES

A vacinação é considerada a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos.

Categorias e indicações

Fazem parte da lista de comorbidades para as quais a vacina contra a influenza é indicada uma série de categorias, incluindo doenças respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas, diabetes, imunossupressão, entre outras, conforme listagem completa abaixo:

Doenças respiratórias

Doenças respiratórias

  • Asma em uso de corticoide inalatório ou sistêmico (moderada ou grave);
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Bronquiectasia;
  • Fibrose cística;
  • Doenças intersticiais do pulmão;
  • Displasia broncopulmonar;
  • Hipertensão arterial pulmonar;
  • Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.

Doenças cardíacas

  • Doença cardíaca congênita;
  • Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;
  • Doença cardíaca isquêmica;
  • Insuficiência cardíaca.

Doenças renais

  • Doença renal nos estágios 3, 4 e 5;
  • Síndrome nefrótica;
  • Paciente em diálise.

Doenças hepáticas

  • Atresia biliar;
  • Hepatites;
  • Doença hepática crônica;
  • Cirrose.

Doenças neurológicas

  • Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica.
  • Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: acidente vascular cerebral, indivíduos com paralisia.
  • Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular.
  • Deficiência neurológica grave.

Diabetes

  • Diabetes mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.

Imunossupressão

  • Imunodeficiência congênita ou adquirida;
  • Imunossupressão por doenças ou medicamentos.

Obesidade

  • Obesidade grau III grave (IMC≥40).

Transplantados

  • Órgãos sólidos;
  • Medula óssea.

Portadores de trissomias

  • Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Warkany, entre outras trissomias.

Na ida ao posto de vacinação, servem de comprovante para a vacinação um atestado médico indicando a condição clínica ou uma receita de medicamento contínuo relacionada a comorbidade, sendo que uma parcela dessas pessoas já utiliza a mesma Unidade Básica de Saúde como acompanhamento da sua doença.

Esse é um dos públicos para os quais não há meta de cobertura estipulada, visto que não há população estimada para isso (denominador). O número de doses a esse grupo é calculado baseado no comparecimento nas campanhas de influenza entre 2018 e 2022. Assim, neste ano, serão disponibilizadas 665 mil doses para este público, sendo que ao todo o RS contará com cerca de cinco milhões para a campanha.

Nas últimas campanhas, o número de pessoas registradas como dessa categoria no Estado foi de cerca de 297 mil em 2023, 230 mil em 2022 e 370 mil em 2021.

Pessoas com deficiência permanente

Além do grupo das pessoas com comorbidade, fazem também parte dos públicos prioritários para a campanha contra a influenza a vacinação das pessoas com deficiência permanente. São considerados nesse grupo indivíduos que apresentem uma ou mais das seguintes limitações:

  • Limitação motora que cause grande dificuldade ou incapacidade para andar ou subir escadas;
  • Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de ouvir mesmo com uso de aparelho auditivo;
  • Indivíduos com grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos;
  • Indivíduos com alguma deficiência intelectual permanente que limite suas atividades habituais, tais como trabalhar, ir à escola, brincar etc.

No Rio Grande do Sul (com base em dados do IBGE) a estimativa dessa população é de 464.668 pessoas (a partir dos 12 anos). No ato da vacinação é considerada a deficiência autodeclarada.

A influenza e a vacina

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. Os casos podem variar de quadros leves a graves e podem levar ao óbito. É uma infecção respiratória aguda causada pelos tipos A, B, C e D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais em humanos. Além disso, o vírus influenza A encontra-se especificamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009 com a pandemia causada pelo influenza A (H1N1)pdm09.

As vacinas usadas na campanha nacional pelo SUS são trivalentes, contando com uma combinação de três tipos (cepas) de vírus influenza: A (H1N1), A (H3N2) e B. O esquema vacinal é em dose única, a não ser para as crianças menores de nove anos que nunca fizeram essa vacina, devendo receber duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

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