Santa Catarina
Santa Catarina confirmou nesta sexta-feira (26) os três primeiros casos da febre do Oropouche
Doença é parecida com a dengue e tem como transmissor principal o mosquito maruim.
Santa Catarina confirmou nesta sexta-feira (26) os três primeiros casos da febre do Oropouche, uma doença parecida com a dengue e que tem como transmissor principal o mosquito maruim. É a primeira vez que o vírus é identificado no Estado e, por isso, uma investigação será feita. Os três episódios ocorreram em Botuverá, no Vale do Itajaí.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), os moradores, que têm entre 18 e 40 anos, apresentaram sintomas de dengue na primeira quinzena deste mês e procuraram atendimento médico. Como o exame mostrou não se tratar da doença, amostras de sangue foram encaminhadas a um laboratório particular, que confirmou na quinta-feira (25) a febre do Oropouche.
A prefeitura avisou ao Estado e, agora, ambos estão averiguando como validar o diagnóstico junto a um laboratório de saúde pública de referência nacional, conforme orienta o Ministério da Saúde nestas situações. Em paralelo, a Secretaria de Saúde começou uma investigação epidemiológica. O órgão vai sistematizar informações importantes de casos suspeitos e confirmados (como deslocamentos, sintomas e quadro clínico), coletar mosquitos e outras ações para fortalecer a vigilância da doença.
O que é a febre do Oropouche
Conforme o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus. A transmissão da Febre Oropouche é feita principalmente por mosquitos, sendo o principal o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, embora outros vetores tenham sido envolvidos na transmissão como o Culex quinquefasciatus.
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.
O período de incubação do vírus em humanos pode variar entre três e oito dias após a infecção pela picada. Os sintomas duram de dois dias a uma semana, com evolução sem sequelas, diz o governo federal.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede municipal de saúde.
O Ministério da Saúde não confirmou nenhuma morte pela doença até o momento.