Esporte
Uniformes lançados para a Copa do Catar venderam dez vezes mais do que as camisas do Mundial de 2018
A camisa da Seleção Brasileira se saiu bem diante de seu primeiro teste de fogo no varejo
Lançada cerca de 100 dias antes do início da Copa do Mundo, a camisa da Seleção Brasileira se saiu bem diante de seu primeiro teste de fogo no varejo. De acordo com levantamento da própria Nike, os novos uniformes (considerando todas as versões disponíveis) venderam dez vezes mais do que em 2018 – considerando os dois primeiros dias de lançamento.
O resultado vem após anos seguidos em que as peças foram intimamente relacionadas aos apoiadores de Jair Bolsonaro. A Centauro, uma das principais lojas de artigos esportivos no país, tem dados que mostram que a versão “amarelinha” – mais comuns nas manifestações de teor político – segue como carro-chefe de vendas masculinas, correspondendo a 70% das compras.
Entre as mulheres e crianças, porém, a versão azul conta com 50% da preferência. A varejista, inclusive, tem uma nova coleção própria de peças com temáticas do Brasil – das quais alguns itens já estão esgotados e aguardam reposição.
A nova camisa oficial chegou ao mercado no mês passado, em meio a um burburinho nas redes sociais que justamente propõe um retorno do verde e amarelo e dos motivos ligados à seleção como uma referência “fashion”, para além das manifestações políticas.
O modismo foi batizado de “Brazilcore”. A nomenclatura, numa tradução livre do inglês, quer dizer “Brasil no centro”. Ou seja, são conjuntos de roupa em que referências brasileiras dão maior peso à indumentária. A divulgação consiste em criar “looks do dia” – como os influenciadores chamam a roupa que usam – que carregam referências da “amarelinha”. Ou de outros uniformes esportivos.
O modismo apareceu no TikTok, rede social amplamente frequentada pela geração Z – jovens nascidos entre a segunda metade dos anos 1990 e os anos 2010.