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O bombeiro Luciano Pissolatto (47), que depois de 22 anos de serviços em Erechim, teve uma perna amputada por conta de uma trombose provocada pela Covid-19, continua esperando que o Estado faça o ressarcimento do que gastou com o tratamento. Um inquérito instaurado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul comprovou que ele contraiu a doença em serviço e nem isso foi suficiente para que o Estado reconheça a situação e devolva o que Luciano e a esposa Adriane gastaram e ainda gastam com o tratamento das sequelas deixadas pela doença.
Todos os processos que encaminhou para que o Comando Geral do Corpo de Bombeiros do RS providenciasse o ressarcimento, como prevê a Lei, ficaram parados na mesa do novo comandante do 7º Batalhão de Bombeiros, em Passo Fundo. O sargento Pissolatto, em entrevista ao AU, conta que se não fosse a comunidade de Erechim e os colegas bombeiros fazerem uma “vaquinha” não teria sequer uma prótese.
Foi a população de Erechim que lhe socorreu financeiramente para comprar medicamentos e a prótese, que lhe permite hoje uma certa mobilidade. Luciano se emociona ao falar de um passado muito recente e de um presente em que ao lado da esposa e da filha, procura se reerguer.
Luciano não consegue conviver com o fato de trabalhar todos esses anos, salvando vidas e patrimônios e ser esquecido pelo Estado, a quem serviu com fidelidade e determinação. Luciano interrompe a entrevista e pede que a esposa sente-se a seu lado e conclua a história que a população gaúcha precisa saber.
