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Vídeo: Promotor de Justiça diz que Estado é omisso em relação ao Presídio de Erechim

Emocionado, Gustavo Burgos disse que todos estão cansados de esperar por uma solução em relação ao presídio e creditou duas mortes a omissão do Estado.

Por Leandro Vesoloski Publicado em 07/03/2021 20:05 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

O promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira teceu severas críticas ao governo do Estado, durante entrevista ao Portal AU Online ao término da cerimônia de sepultamento do soldado da Brigada Militar Jlhonatan Maximovitz, morto após uma perseguição a criminosos que efetuaram arremessos ao pátio do presídio de Erechim.

Burgos disse que além da legislação ser branda com os arremessadores há uma grande omissão estatal. “Há mais de 2 anos estamos esperando por obras no presídio de Erechim e isso ainda não aconteceu. Quem tem que resolver o problema é o Estado”, disse Gustavo Burgos.

promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira - Foto: Júlio Mocellin/AU

Emocionado Gustavo Burgos disse que todos estão cansados de esperar por uma solução em relação ao presídio. “Essa situação está levando vidas de cidadãos de bem. Essa é a segunda morte que temos que suportar em Erechim por omissão do Estado em realizar as obras do presídio”. Burgos lembrou da morte do empresário Rogério Paulo Soccol, que foi baleado na cabeça durante um assalto no centro de Erechim em fevereiro de 2019. O autor do crime havia fugido do presídio de Erechim junto com outros 12 detentos dias antes de cometer o assalto.

Sobre a morte do soldado Maximovitz, Gustavo Burgos disse que todos estão muito chocados. “Ele era um policial exemplar, que todos gostavam e que morreu defendendo a sociedade. Isso é muito triste e esperamos que o Estado resolva essa situação imediatamente porque não aguentamos mais esperar”, disse o promotor.

Burgos explicou que os arremessos acontecem diariamente no presídio de Erechim e que isso acaba colocando a todos em risco porque a Brigada Militar precisa prender os meliantes que precisam muitas vezes ser perseguidos pelas guarnições da BM. “Faço um apelo público em nome do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul e como diretor das Promotorias de Justiça de Erechim, para que o governador, o secretário de administração penitenciária e o superintendente da Susepe resolvam essa questão de forma definitiva”, concluiu o promotor.

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