Economia

"Não há necessidade do horário de verão em 2021", diz ministro

Medida chegou a ser cogitada em razão da crise hídrica, mas estudo do Ministério aponta não ser necessária.

Por Correio do Povo Publicado em 16/09/2021 21:44 - Atualizado em 03/06/2024 10:15

Estudos feitos pelo Ministério de Minas e Energia apontam que "não há necessidade do retorno do horário de verão em 2021". A informação é do próprio ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Há pouco, antes de embarcar para a 65ª Conferência-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, Albuquerque disse que, do ponto de vista da economia de energia, não faz sentido a volta do horário de verão agora.

Albuquerque disse que "não há necessidade do retorno do horário de verão em 2021" | Foto: Ministério de Minas e Energia / Divulgação / CP

Em 2019, com base nos estudos apontados pelo Ministério, o presidente não publicou o decreto com o horário especial, o que se repetiu em 2020. Ainda de acordo com o ministro, a não edição não significa que o presidente Bolsonaro seja contra a adoção da medida. “É uma questão de economia energética mesmo”, continuou o ministro, alegando que cabe ao presidente editar o decreto ou não.

Em Viena, Bento Albuquerque terá reuniões com ministros de outros países para tratar de "oportunidades de investimentos no setor nuclear do Brasil". O encontro acontece entre os dias 18 e 22 deste mês.

O horário de verão acabou no país em abril de 2019 por opção de Bolsonaro. "Lá atrás alguns parlamentares me procuraram para pôr um fim no horário de verão. Eu também queria, confesso. Então pedi um estudo para o ministro Bento Albuquerque (Minas Energia) e chegamos à conclusão de que não economizava energia como se falava. E a maioria da população era favorável ao término. Se mudarem de posição, eu sigo o que quiserem, sou um democrata", argumentou em entrevista a rádio no último mês de agosto.

Bolsonaro disse ainda que o governo entende que, para determinados setores, o faturamento melhora com o aumento da luminosidade em algumas regiões e a extensão do período de consumo. "Sabemos que as pessoas ficam mais tempo no comércio, e nós do governo pesamos isso, mas no momento não vejo clima para essa mudança. Mas se o povo quiser, eu faço isso aqui”, complementou.

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