Política
Bolsonaro se reúne com médica Ludhmila Hajjar, que pode assumir Ministério da Saúde
Cardiologista foi elogiada pelo presidente da Câmara dos Deputados
A Secretaria Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações informou neste domingo que a cardiologista Ludhmila Hajjar se reuniu no período da tarde com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada. A médica é uma das cotadas pelo governo para substituir o general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, embora a nota não faça nenhuma menção ao motivo da visita de Ludhmila ao presidente.
Pazuello tem sido pressionado a deixar o cargo diante do salto de casos de Covid-19 no País e de frustrações na campanha de vacinação. A troca na saúde foi um dos temas de reunião com militares feita na noite passada entre o presidente, o próprio Pazuello e os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Fernando Azevedo (Defesa), todos generais.
Fontes confirmam saída
Duas fontes da cúpula do governo confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a saída de Pazuello. De acordo com jornal O Globo, o ministro alega problemas de saúde para deixar o cargo.
Ao R7, porém, Pazuello desmentiu a saída: “Continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo. A minha missão é salvar vidas”. Amanhã, está prevista uma entrevista coletiva de Pazuello às 16h para um balanço da pandemia, com foco em Acre e Rondônia.
Presidente da Câmara elogia Ludhmila
Nos bastidores, Ludhmila tem a simpatia de políticos influentes do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que a elogiou no Twitter, na tarde deste domingo. “Coloquei os atributos necessários para o bom desempenho à frente da pandemia: capacidade técnica e de diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas. São exatamente as qualidades que enxergo na doutora Ludhmila”, postou.
“Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição.”
Parte da base governista no Centrão, porém, pressiona ainda pelo nome do deputado Luizinho (PP-RJ), que há meses circula como opção no Palácio do Planalto e no Congresso. Além de Ludhmila, o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Marcelo Queiroga, também chegou a ser sugerido como opção a Bolsonaro. Ela, porém, é a mais cotada, no momento.