Economia

Entra em vigor o aumento no imposto para importação de carros elétricos e placas solares

Vice-presidente Geraldo Alckmin diz que plano é custear parte dos programas lançados pelo governo.

Por G1/GZH/ Publicado em 01/01/2024 08:07 - Atualizado em 31/07/2024 09:20

Neste domingo (31), o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou que o benefício tributário concedido a montadoras será financiado, em parte, pelo aumento do imposto de importação dos carros elétricos e híbridos. O programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), criado por meio de medida provisória publicada no sábado (30) à noite, custará R$ 3,5 bilhões em 2024 e um total de R$ 19,3 bilhões até 2028.

O incentivo será concedido a montadoras para investimentos na descarbonização, ou seja, na produção de veículos que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, especialmente os híbridos e elétricos.

Segundo Alckmin, parte desse montante já está prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA), totalizando R$ 2,9 bilhões, enquanto os R$ 600 milhões restantes serão compensados pelo aumento do imposto de importação para carros elétricos.

A elevação do tributo, planejada de forma gradual até 2026, visa impulsionar o investimento na produção nacional de veículos elétricos. A intenção é que, com o aumento do imposto para os veículos importados, a mercadoria nacional se torne mais atraente, uma vez que o custo dela deverá ser menor ao consumidor final.

A resolução que elevou as alíquotas havia sido publicada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), em novembro. Veja as novas taxas:

Veículos híbridos

  • • 15% em janeiro de 2024;
  • • 25% em julho de 2024;
  • • 30% em julho de 2025;
  • • 35% em julho de 2026.

Híbridos plug-in

  • • 12% em janeiro de 2024;
  • • 20% em julho de 2024;
  • • 28% em julho de 2025;
  • • 35% em julho de 2026.

Elétricos

  • • 10% em janeiro de 2024;
  • • 18% em julho de 2024;
  • • 25% em julho de 2025;
  • • 35% em julho de 2026.

Imposto sobre placas solares

Imagem: br.pinterest

Já o programa de depreciação acelerada, que representa R$ 3,4 bilhões em renúncia fiscal da União em 2024 e 2025, será compensado pelo aumento do imposto de importação para placas solares.

A redução da tarifa de importação dos painéis montados foi revogada pela Camex em dezembro, elevando o imposto para 10,8% a partir de 1º de janeiro de 2024. A Câmara também revogou 324 concessões de redução temporária a zero do imposto de importação para painéis montados. Para essas, a medida começa a valer em fevereiro.

Caso as empresas optem por produzir no Brasil, poderão utilizar "cotas" para abater os investimentos do total devido em impostos. Essas cotas serão graduais em três anos.

A depreciação acelerada é uma forma de renovar o parque industrial do Brasil. O mecanismo permite que a indústria abata o valor de um bem adquirido nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

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