Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Divulgação
Economia

Índice de confiança dos pequenos negócios se mantém estável em setembro

O recuo no setor da Indústria foi compensado por um resultado positivo nos segmentos de Comércio e Serviços

Sebrae
por  Sebrae
12/10/2022 14:23 – atualizado há 1 ano
Continua depois da publicidadePublicidade

A confiança dos pequenos negócios no mês de setembro permaneceu estável e em um patamar neutro, segundo indicador calculado pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

Os dados mostram que apesar de um recuo de 4,8 pontos no setor da Indústria de Transformação, o índice geral oscilou apenas -0,2 ponto, graças às altas dos indicadores em Comércio e Serviços.

O IC-MPE de 100,4 pontos é resultado da fusão dos índices de confiança dos três principais setores da economia: Comércio, Serviços e Indústria de Transformação. 

A estabilidade da confiança, em setembro, foi uma média entre as altas dos setores de Comércio e de Serviços, que cresceram 1,6 ponto e 0,9 ponto, respectivamente, e o recuo no setor da Indústria.

“No mês de setembro, a confiança dos donos de micros e pequenas empresas acomodou no patamar neutro de 100 pontos mostrando, contudo, uma heterogeneidade entre os setores”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. 

Segundo ele, Comércio e Serviços estiveram em alta, em contraposição à queda do setor da Indústria de Transformação. 

“Sinais de desaceleração da inflação, diminuição dos custos e crescimento no mercado de trabalho vêm reduzindo os efeitos da pandemia e da guerra Ucrânia-Rússia. Contudo, mesmo com resultados favoráveis, é necessário cautela para os próximos meses, considerando a possibilidade de uma desaceleração econômica, redução na demanda e perspectivas de inflação ainda elevada em 2023”, avalia Melles.

Comércio

Pelo segundo mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas do setor de Comércio (MPE-Comércio) avançou. O setor cresceu 1,6 ponto, passando a 100,8 pontos, maior alta desde dezembro de 2018 (102,7 pontos). 

O resultado favorável do comércio parece ser ainda efeito das políticas de incentivo ao consumo, com a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e antecipação do 13º salário. Além disso, a desaceleração dos preços e a recuperação do mercado de trabalho contribuíram de forma positiva para estimular o consumo. 

Isso pode ser corroborado pelo indicador que mede o emprego, que registrou alta de 3 pontos, e pela melhora das perspectivas sobre novas vagas de trabalho nos próximos meses, cujo indicador cresceu 1, chegando a 95,6 pontos.

Serviços

Em setembro, a confiança dos donos de micros e pequenos negócios do setor de Serviços (MPE-Serviços) aumentou para 101,5 pontos, ganhando 0,9 ponto. A alta se deve tanto à situação atual quanto às expectativas de curto prazo. 

O Índice de Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) avançou 1,2 ponto, para 103 pontos. O resultado foi influenciado exclusivamente pela melhora das avaliações sobre a situação atual dos negócios, cujo indicador subiu 2,6 pontos, para 104,1 pontos, o maior nível desde junho de 2012 (104,9 pontos). 

O aumento da satisfação com a situação atual não está relacionado a um incremento da demanda, considerando que o índice que mede o volume de demanda atual manteve-se praticamente estável, ao ceder 0,2 ponto, caindo 101,9 pontos, segunda queda seguida, mas aparentemente pela desaceleração dos custos diante de uma desaceleração dos preços e melhora da atividade econômica.

Indústria de Transformação

Pelo terceiro mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas do setor da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) piorou: a queda foi de 4,8 pontos, batendo os 96,2 pontos, saindo do nível de neutralidade. A piora da confiança no setor atingiu os dois horizontes temporais. 

O Índice da Situação Atual das MPE da Indústria de Transformação (ISA-I-MPE) caiu 5,8 pontos, para 92,7 pontos, o menor nível desde junho de 2020 (85,0 pontos), período da pandemia do COVID-19. Esta queda deveu-se, majoritariamente, ao nível de estoque, que piorou 14,3 pontos, para 81,6 pontos, o que significa que as indústrias estão ficando mais estocadas. Houve percepção de piora também da situação atual, cujo indicador diminuiu 2,7 pontos. O volume de demanda interna atenuou o resultado do mês, ao subir 1,7 ponto.

Pelo terceiro mês seguido, os donos de pequenos negócios projetam um cenário pessimista: o Índice de Expectativas das MPE da Indústria de Transformação (IE-I-MPE) recuou 3,6 pontos, atingindo 99,6 pontos. A principal influência para esse resultado foi o menor otimismo em relação a contratações no curto prazo. 

O indicador que mede as perspectivas sobre o emprego nos próximos três meses caiu 9,7 pontos, indo para 105,9. Além dele, as expectativas sobre a produção prevista para os próximos três meses caíram 2,5 pontos. Somente em um horizonte um pouco maior o resultado ainda é favorável: o quesito que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses subiu 1,7 ponto.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE