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Serviços irregulares de TV por assinatura, internet, luz e telefone é a fraude que os brasileiros mais admitem
Levantamento foi realizado pela CNDL e pelo SPC Brasil em parceria com o Sebrae.
Um em cada cinco internautas vítimas de fraudes admite que também já praticou algum ato ilícito contra empresas, pessoas ou governo. É o que aponta uma pesquisa realizada em todas as capitais do País pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com o Sebrae. A publicação é do site O Sul.
Segundo o levantamento divulgado nesta quarta-feira (03), do universo de internautas que sofreram algum tipo de fraude financeira nos últimos 12 meses, 20% – o equivalente a cerca de 3,4 milhões de consumidores – assumem que já praticaram algum ato ilícito para tirar vantagem.
De acordo com a pesquisa, 19% cometeram essas ações contra empresas e pessoas. Entre esses consumidores, a fraude mais comum foi a utilização de serviços de forma irregular – incluindo o uso de “gato” em serviços de TV por assinatura, banda larga, luz e telefone –, citada por 24%.
Em seguida, aparecem a alegação falsa de que determinado produto estava anunciado com um preço menor com o intuito de pagar mais barato (15%) e consumir mercadorias dentro da loja e não pagar pelos produtos (14%).
Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os consumidores devem ter consciência de que a corrupção e comportamentos ilícitos trazem prejuízos a toda a sociedade.
“Todos perdem com a corrupção e com as tentativas de levar vantagens indevidas. Ao cometer um ato ilícito, o consumidor não prejudica somente aquela empresa, mas toda a população que em algum momento será onerada com taxas e serviços mais caros”, afirmou o presidente da CNDL.
Governo
Em relação especificamente ao Poder Público, 9% dos entrevistados admitiram já ter cometido alguma fraude para levar vantagens financeiras, o que equivale a aproximadamente 1,5 milhão de internautas. Os comportamentos mais citados foram deixar de declarar posse de algum bem (39%), obter recibos falsos para abatimento no Imposto de Renda (33%), declarar bens com valores inferiores ao que realmente valem (30%) e usar documentos falsos (19%).
Os dados mostram ainda que 34% dos consumidores que cometeram fraudes obtiveram êxito ao tentar extrair vantagens de terceiros, ante 54% que não conseguiram.
A maioria (58%) tampouco sofreu consequências pelo comportamento ilícito, mas 38% tiveram que lidar com consequências diversas, como nome negativado (12%), perda de acesso ao crédito (12%), pagamento de multa e fiança (10%) e exposição à quebra de sigilo bancário, telefônico e dados cadastrais (7%).