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Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral foi tema de mais um treinamento da Hospinorte

A capacitação foi realizada no dia 11 de julho, no Centro Clínico do Hospital de Caridade de Erechim, ministrada pela nutricionista Letícia Tomicki Zyger.

Maria Lúcia Carraro Smaniotto
por  Maria Lúcia Carraro Smaniotto
17/07/2023 16:51 – atualizado há 22 segundos
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A Terapia Nutricional é uma estratégia extremamente importante, muito utilizada na recuperação de pacientes para repor nutrientes perdidos por diversos motivos, como: traumas, infecções, doenças em geral ou algum procedimento cirúrgico. Com a aplicação correta da terapia nutricional, o sucesso da recuperação desses pacientes é garantido, pois acontece de forma contínua e eficaz.

Foi pensando nisso que a Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Norte do Estado do RS (Hospinorte) promoveu um treinamento sobre Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral (conceitos e produtos), direcionado aos profissionais da área de nutrição e enfermagem dos hospitais associados.

A capacitação foi realizada no dia 11 de julho, no Centro Clínico do Hospital de Caridade de Erechim, ministrada pela nutricionista Letícia Tomicki Zyger, especialista em Nutrição Clínica, Doenças Crônicas e Transtornos Alimentares, especialista em Nutrição em Pediatria e Mestre em Engenharia de Alimentos.

Ela iniciou sua fala apresentando as rotinas do setor de nutrição e dietética do Hospital de Caridade de Erechim, desde a copa, em que é retirado o mapa de dietas com a enfermagem em cada turno, até o oferecimento do almoço e jantar. De acordo com Letícia, a triagem de risco nutricional segue a NRS 2002, que serve para detectar a desnutrição ou o risco de desenvolvê-la durante a internação hospitalar, classificando os pacientes segundo a deterioração do estado nutricional e a gravidade da doença, ajustado à idade - ausente, leve, moderado e grave -, e a necessidade de terapia nutricional oral (suplementação).

Segundo a nutricionista, os suplementos orais são aliados importantes na recuperação e manutenção de peso e massa muscular e tendem a prevenir a evolução do quadro para uma dieta enteral. Ela afirmou que a alimentação hospitalar segue os mesmos pilares de uma alimentação saudável, pois deve ser em quantidade suficiente, possuir qualidade nutricional satisfatória, estabelecer harmonia entre os nutrientes e estar adequada a cada indivíduo. “Em alguns casos, é necessária uma alimentação suplementar, de forma isolada ou combinada, com fins terapêuticos específicos”, comentou.

CARACTERÍSTICAS

Conforme explicou Letícia, a alimentação hospitalar apresenta características específicas, podendo ser realizada por via oral (pela boca), enteral (por sonda) e parenteral (acesso na veia). A primeira deve ser utilizada quando o trato gastrointestinal está funcionando, sem oferecer risco de aspiração de comidas e líquidos para os pulmões. Já a dieta via enteral é recomendada quando a ingestão pela boca não é possível, seja por apresentar riscos ou por ser insuficiente para garantir a manutenção ou a recuperação do estado de saúde. Neste caso, a consistência dos alimentos deve ser líquida, sem resíduos, para que não haja obstrução da sonda. Em todas as vias, destacou a nutricionista, estão presentes nutrientes importantes para o funcionamento de órgãos e sistemas.

Letícia falou sobre as bolsas de nutrição parenteral e os cuidados que requerem, e também os tipos de acesso da nutrição enteral, por meio de sondas, assim como os tipos – sistema fechado (requer uso de bomba de infusão) e sistema aberto (utilizado em casa, maior risco de contaminação, requer compra de frasco e equipo). Ressaltou as complicações gastrointestinais que podem advir da adoção da nutrição enteral e os cuidados que devem ser adotados para evitá-las.

Ao encerrar, falou sobre a formação da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, que deve ser um grupo formal e obrigatoriamente constituído de pelo menos um profissional de cada categoria: médico, nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de outras categorias, habilitados e com treinamento específico para a prática da Terapia Nutricional-TN, conforme Resolução RDC Nº 503, de 27 de maio de 2021.

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