Saúde
Das frutas ao ovo na porta da geladeira: qual a forma correta de guardar os alimentos?
Veja a seguir alguns dos erros mais comuns e aprenda a evitá-los
Não basta só fazer as compras no mercado e guardar na refrigerador: é preciso se atentar para o modo correto de armazenar os alimentos. Você sabia que a melhor maneira de guardar ovos na geladeira não é na porta? E que o leite não deve ficar nas partes de baixo do eletrodoméstico?
A engenheira de alimentos e diretora-executiva da Food Tech Consultoria, Lorena Coimbra, comenta alguns dos principais erros cometidos na hora de conservar os alimentos na geladeira.
“A geladeira tem algumas variações de temperatura. Na parte de baixo, a temperatura é menor. Por isso, é ideal que os produtos mais perecíveis fiquem na parte de cima, que é onde tem as menores temperaturas e também nos congeladores”, explica a engenheira.
Veja a seguir alguns dos erros mais comuns e aprenda a evitá-los:
- Leite: Não deve ser armazenado na parte de baixo e nem na porta, já que nesses lugares a temperatura é menor. O local ideal para as caixas é na primeira prateleira, onde a variação de temperatura não é tão grande.
- Ovos: Assim como o leite, deve ser guardado na parte superior da geladeira, pelo mesmo motivo. É importante prestar atenção especialmente para este alimento, já que os ovos podem estar contaminados pela bactéria Salmonella, que causa intoxicação alimentar.
- Enlatados e envasados: O ideal é que estes alimentos sejam consumidos de forma integral, ou seja, que não haja necessidade de armazená-los depois de abertos. Mas se precisar guardar, é deve-se transferi-los para outro recipiente – que pode ser de vidro ou de plástico – e consumir em até uma semana, já que são extremamente perecíveis. Isso vale para alimentos enlatados e também para conservas e, neste caso, deve-se ficar especialmente atento ao risco de botulismo.
- Cebola: Uma boa prática é guardá-la, ainda com casca, fora da geladeira. Se você utilizar uma parte e quiser armazenar o resto, o ideal é deixá-la fechada em um recipiente de vidro. Assim, é possível evitar que os gases liberados pela cebola cortada ativem reações que, além de deixar o eletrodoméstico com um forte odor, podem influenciar a maturação de outros alimentos.
- Frutos: A maioria dos frutos possuem enzimas, e a partir do momento em que há algum impacto mecânico, como um corte, elas são liberadas e engatam uma reação. Em algumas frutas, a polpa é amolecida, mas em outros casos, como a maçã, ela adquire um aspecto mais escuro. O ideal é armazená-las sem corte e consumir de uma vez só, em vez de guardá-las.
- Verduras: É necessário realizar a higienização correta antes do armazenamento: na água clorada, com a concentração indicada para cada verdura. Após o processo, é preciso secá-las integralmente: se elas forem guardadas quando ainda estiverem úmidas, vão ficar moles e apodrecer mais rápido. É indicado guardá-las soltas dentro de um pote ou uma sacola abertos, e não fechar para que continuem respirando. Podem ficar nas gavetas, no caso das geladeiras que possuem essa divisória. Se for uma verdura comprada com a raiz, como cebolinha e aipo, também é possível guardar dentro de um copo com água, para deixá-las mais inteiriças até o uso.
Atenção ao descongelamento
Letícia também explica que, quando um alimento for descongelado para ser utilizado, a melhor prática é retirá-lo com no mínimo 12 horas de antecedência — mas idealmente respeitando 24 horas — na geladeira antes de fazer o uso.
“Quando a gente fala de carne, temos uma perda nutricional muito grande se esse processo não for realizado, jogamos muita água para fora no processo do descongelamento. Isso também impacta na conservação da carne depois de cozida. Ela pode acabar durando um pouco menos na geladeira. Se respeitarmos esse processo, o descongelamento é feito de forma gradual, e o impacto no tecido do alimento é menor”, esclarece a engenheira.