Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira, ventos causados pelo ciclone devem trazer mais estragos

Haverá chuva, ao menos em parte do dia, na maioria dos municípios, mas será menos volumosa.

Por Correio do Povo/Metsul Publicado em 12/07/2023 20:58 - Atualizado em 03/06/2024 11:53

Um ciclone atipicamente intenso e muito perto da costa segue trazendo ventania forte a muito forte em quase todo o estado nesta quinta-feira, com rajadas mesmo acima dos 100 km/h e que trarão danos. Haverá chuva, ao menos em parte do dia, na maioria dos municípios, mas será menos volumosa.

Com circulação ciclônica, ocorrem aberturas de sol em vários pontos, intercaladas com períodos de nublado a encoberto, chuva e arco-íris. Ar polar ingressa e o dia será muito frio e com baixa sensação térmica pelo vento. Na próxima noite e madrugada não se afasta neve ou chuva congelada entre os Aparados e o Planalto Sul Catarinense.

As mínimas rondam os 4ºC em Vacaria e os 2ºC em São José dos Ausentes. As máximas, por sua vez, podem chegar a 14ºC em Santa Cruz do Sul e 18ºC em Torres. Região Norte: a quinta-feira vai ser de tempo instável, com pancadas de chuva ao longo do dia. Erechim: pancadas de chuva e trovoadas ao longo do dia. Mínima de 5°C e máxima de 13°C.

O primeiro dia da atuação do ciclone no estado , quando o sistema se formou sobre o Rio Grande do Sul nesta quarta, foi marcado por chuva volumosa e tempestades severas de granizo e vento. Na madrugada, o ingresso de ar quente a partir do Norte organizou frente quente na Metade Norte com granizo em diversas cidades. Em algumas, as pedras foram grandes.

À tarde, com o ciclone se intensificando, poderosa linha de instabilidade de quase mil quilômetros de extensão se organizou do Rio Grande do Sul até o Paraguai, produzindo vendavais e alguns violentos por onda passava, tal como se viu no ciclone bomba de 2020. Várias cidades do Noroeste gaúcho tiveram danos. Vento destrutivo de curta duração, de segundos ou minutos, como é comum em temporal. Hoje, o vento não é de temporal. É de circulação ciclônica, em que as rajadas fortes a intensas duram horas seguidas.

Diferentemente da maioria dos ciclones em que o vento intenso se concentra no Sul e no Leste do estado, o vento será forte a intenso em grande parte do estado com rajadas de 60 km/h a 90 km/h na maior parte dos municípios, o que trará enorme impacto no setor elétrico. O ciclone será muito intenso e estará perigosamente perto da costa, projetando-se centro de 989 hPa (pressão baixíssima) logo a Leste de Mostardas sobre o mar de manhã.

Em Porto Alegre, rajadas em média de 80 km/h a 90 km/h, mas alguns pontos, sobretudo ao Sul da cidade, podem ter mais de 100 km/h. No Litoral, de Sul a Norte, na maior parte das cidades, rajadas entre 80 km/h e 100 km/h, mas em trechos da orla chance de 110 km/h a 120 km/h ou mais. Na borda da Serra junto ao litoral, nos Aparados, rajadas de 100 km/h a 130 km/h. Rajadas perto e acima de 100 km/h ainda em muitos pontos do Leste de Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, o pior do vento se dá entre a madrugada e o meio da tarde com pico na maioria das cidades de manhã. Devem ser esperados transtornos como falta de luz em grande escala, quedas de muitas árvores e postes, colapso de estruturas e destelhamentos.

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