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Produção de frutas ganha cada vez mais relevância em Aratiba

Desafio, de acordo com autoridades, é ampliar capacidade produtiva. Prefeitura atua para consolidar e expandir cultura.

Por Leonardo Bortolotto/Assessoria Publicado em 14/12/2022 14:34 - Atualizado em 03/06/2024 11:33

A produção de frutas tem ganhado cada vez mais importância na economia de Aratiba. Tanto que, recentemente, em estudo realizado pela Secretaria Estadual de Agricultura, o município se posicionou em terceiro lugar entre os maiores produtores de laranja do Rio Grande do Sul.

Dados que balizam também investimento da Administração Municipal de Aratiba no setor da citricultura. A Secretaria da Agricultura do município, lançou recentemente o programa de incentivo ao setor, chamado Aratiba + Citrus.

O objetivo é incentivar a implantação e expansão racionalmente das áreas de citros; subsidiar e incentivar tecnologias de adubação e manejo dos pomares; aumentar a produtividade dos pomares já existentes e a serem implantados e promover o desenvolvimento integrado da citricultura associadas a outras atividades.

Estes objetivos vão de encontro ao que o assistente técnico da Emater, Ricardo Barbieri enfatiza como essencial para gerar mais oportunidades e fortalecimento da cultura no município. “Precisamos ter pomares cada vez melhores, com capacidade produtiva cada vez maior. Colhemos em média 30 toneladas por hectare, mas temos bons exemplos que chegam a 60 toneladas. É preciso pensar no manejo, na adubação, para que com a mesma área, o produtor possa ganhar mais e tornar a atividade viável”, enfatiza.

Exemplo disso é o produtor Agenor Isotton, que também é o atual presidente da Associação dos Citricultores de Aratiba. Na propriedade da família, localizada na Linha Pinheirinho, Dourado, o investimento já faz com que se colha cerca de 60 toneladas por hectare de laranja. Ele acredita que a viabilidade do negócio passa por gestão e manejo. “É preciso que se pense diferente do que tínhamos quando eu, por exemplo, comecei na atividade. Hoje não se pode pensar mais que apenas áreas de recostas sejam disponibilizadas para o plantio. A citricultura é viável em todos os tipos de terrenos e quanto melhor for a qualidade da terra, o manejo, maior será a produção e a lucratividade”, aponta.

O secretário da Agricultura de Aratiba, Joarez Miechuanski, foi conferir de perto o trabalho realizado pela família Isotton. “Nosso programa de incentivo a fruticultura quer justamente fazer com que, quem já esteja no negócio, possa gerar maior qualidade de produto, maior renda e por consequência, além de se manter, expandir sua atuação neste setor. Também entendemos que como viabilidade, a citricultura possa se tornar, não uma alternativa, mas sim uma atividade importante em mais propriedades do município”, ressalta.

Aratiba + Citrus

Mais do que subsidiar a citricultura em Aratiba, o programa lançado pela prefeitura, através da Secretaria da Agricultura, quer também que o produtor se envolva de maneira mais profissional possível na atividade.

Por isso, estão entre as atribuições do produtor, fazer uso correto dos insumos conforme indicação dos profissionais habilitados; cumprir com as obrigações conforme as legislações ambientais; promover o cultivo correto, obedecendo o manejo e tratos culturais indicados para a produção de citros; comprometer-se em emitir nota de venda da produção a fim de comprovar a produtividade; fornecer informações e documentação necessária no cadastramento e apresentar viabilidade técnica do pomar.

Já o programa busca subsidiar em 50% a aquisição de mudas e a aquisição de insumos, como calcário corretivo de acidez de reação imediata e fonte de cálcio e enxofre.

Os números da produção

Atualmente são 154 produtores cadastrados junto a Secretaria da Agricultura de Aratiba, que produzem uma área de 500 hectares, sendo 390 hectares de laranja e ao menos 26,5 hectares de bergamota.

A produção de laranjas em média é estimada em 30 toneladas por hectares. Entre os produtores, 110 atuam em áreas de até 3 hectares.

Um produtor no município possui mais de 15 hectares de área cultivada, sendo o maior produtor individual do Rio Grande do Sul.

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